A Advocacia-Geral da União avalia recorrer da decisão da Justiça Federal em Minais Gerais que fixou em R$ 47,6 bilhões as multas que as mineradoras Vale, BHP e Samarco devem pagar como indenização por danos morais coletivos provocados à população pelo rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana, em 2015.
Segundo apurou o Painel, o objetivo da AGU com a eventual adoção da medida é aumentar a condenação para quantia em torno de R$ 100 bilhões.
A AGU também participa de mesa de negociações aberta pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) para discutir uma saída negociada para a repactuação das medidas reparatórias e compensatórias relativas aos danos causados pelo episódio.
Em dezembro, uma proposta de R$ 42 bilhões para custear tais ações apresentada pelas mineradoras gerou indignação nos representantes do poder público que integram as negociações, como mostrou a coluna. Somente a estimativa de custos para a reparação e compensação supera R$ 120 bilhões nos cálculos dos órgãos e entidades públicas envolvidas com o assunto.
A barragem da Samarco em Mariana ruiu em 5 de novembro de 2015 provocando uma das maiores tragédias ambientais do Brasil.
A lama que desceu da estrutura matou 19 pessoas, destruiu o distrito de Bento Rodrigues, no município, e poluiu todo o rio Doce desde Minas Gerais, onde nasce, até a foz em Espírito Santo. Parte do litoral do estado também foi atingido pela poluição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário