Presidente do diretório municipal do PSDB desde outubro, Orlando Faria decidiu entregar o cargo. Aliado de Eduardo Leite (PSDB-RS), ele incomodou-se com movimentação interna para que o PSDB apoie a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), cuja gestão ele reprova.
O partido deve convocar uma convenção para decidir o novo presidente na capital.
Procurado pelo Painel, Faria disse que deixará o posto por questões pessoais. Segundo apurou a coluna, a gota d’água para o tucano foi uma reunião em 19 de dezembro entre Paulo Serra, prefeito de Santo André (SP) e presidente do diretório estadual do PSDB, com Nunes.
Faria e a cúpula nacional do partido se irritaram por não terem sido avisados e convidados. Eles souberam do encontro por meio da agenda pública do emedebista.
Como mostrou a coluna, o deputado federal Aécio Neves (MG) reuniu-se com tucanos em São Paulo na quarta-feira (17) para defender que o partido lance uma candidatura própria na capital.
Próximo de Bruno Covas (PSDB), que morreu em 2021, Faria foi secretário municipal da Casa Civil, de Turismo e da Habitação, além de tesoureiro estadual do PSDB. Uma de suas principais críticas à gestão de Nunes é em relação ao que entende como abandono do Programa de Metas que elegeu a chapa encabeçada pelo neto de Mario Covas (PSDB).
O partido atravessa atualmente uma crise no próprio diretório estadual de São Paulo. Serra foi colocado à frente do PSDB-SP no penúltimo dia de Leite como presidente tucano, em 28 de novembro. A medida gerou indignação no grupo que nos últimos anos foi próximo de João Doria e que se contrapõe ao governador gaúcho.
Presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo então marcou para 18 de fevereiro a convenção estadual do partido, como pedia a ala que é crítica de Leite, quando será definido quem passará a comandar a legenda em São Paulo.
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