O escritor e jornalista paulistano Jorge da Cunha Lima morreu nesta quarta-feira, em São Paulo, aos 90 anos.
Com forte atuação na campanha das Diretas Já, Cunha Lima foi secretário da Cultura e das Comunicações no governo Franco Montoro, então do PMDB. Também nos anos 1980, dirigiu a TV Gazeta e, anos depois, comandou a TV Cultura.
De 1995 a 2004, o jornalista presidiu a Fundação Padre Anchieta, ligada ao governo estadual paulista, e esteve à frente da TV Cultura em uma de suas épocas de ouro, quando estavam no ar programas infantis como "Cocoricó" e "Castelo Rá-Tim-Bum". Seguiu depois como membro vitalício do conselho da rede.
Ainda no ramo jornalístico, nos anos 1960 foi diretor do aguerrido jornal Última Hora em São Paulo, onde manteve a coluna Pauliceia Desvairada, e colaborador de revistas como Manchete e jornais como O Estado de São Paulo e esta Folha.
Formado em direito, jornalismo e administração de empresas, sua carreira literária também foi notável, com os livros de poemas "Mão de Obra" e "Ensaio Geral" e o romance "O Jovem K".
Também publicou obras de não ficção inspiradas por sua vida pública, como "Uma História da TV Cultura", "Cultura Pública - A Organização Política do Sonho" e o perfil "Franco Montoro". Recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 1996. Deixa três filhos.
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