Rodrigo Maia (PSDB-RJ), secretário de Projetos e Ações Estratégias do Governo de São Paulo, diz que Tarcísio de Freitas (Republicanos) não será empecilho para Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa eleitoral pela reeleição. O desafio será tirar votos de Fernando Haddad (PT).
O ex-presidente da Câmara aponta, com base em análise de pesquisas (a entrevista foi anterior à divulgação do Datafolha mais recente), que o petista tem quase tanta intenção de voto quanto Garcia entre os que avaliam a gestão do tucano como ótima ou boa. Tarcísio, segundo ele, praticamente não pontua nessa parcela da população.
"Hoje o Haddad tem intenção de voto significativa entre quem avalia positivamente o Governo de São Paulo. Nosso problema é como trazer os votos daqueles que avaliam positivamente o governo e hoje dizem votar no Haddad. O voto do ‘Haddad light’, baseado apenas no recall. O problema não é o Tarcísio, que praticamente não tem votos nessa fatia do eleitorado", diz Maia.
"Se o Rodrigo chegar a 70% de intenção de voto entre quem acha o governo ótimo ou bom e tiver sucesso em converter isso em votação, ele passa em primeiro para o segundo turno", completa.
Maia diz que o histórico mostra uma relação de 50% a 60% entre avaliação positiva de um governo e a intenção de votos.
O Datafolha mostra que Jair Bolsonaro (PL) tem, hoje, 30% da população que vê seu governo como ótimo ou bom, o que colocaria Tarcísio no patamar de aproximadamente 15%, caso haja a transferência de votos do presidente para o ex-ministro.
No caso de Garcia, Maia diz que a avaliação positiva está crescendo (hoje está em 22% no Datafolha) e que a intenção de voto deve caminhar para "algo entre 24% e 28%" com o desenrolar da campanha.
"Acho que o Rodrigo passa para o segundo turno em primeiro, à frente do Haddad, que vai ter de 20% a 25% de votos do núcleo petista", diz o deputado licenciado.
O Painel mostrou que Garcia já disse a aliados que, caso seja eleito governador, pretende disputar as eleições presidenciais em 2026. Maia diz que ele "será, naturalmente, um forte candidato" ao posto.
"É um quadro fortíssimo. É o melhor político do Brasil, disparado. Entre os governadores de São Paulo, é o que melhor consegue conciliar política e gestão. Ele concilia gestão com capacidade de articulação política, que nunca foi o forte no estado. Será uma peça nacional de muito peso", avalia.
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