Pepita Ortega e Fausto Macedo
03 de dezembro de 2020 | 07h22
Um grupo de promotores do Ministério Público de São Paulo encaminhou manifestação ao procurador-geral de Justiça do Estado, Mário Sarrubbo, e ao Comitê da Covid-19 da instituição sugerindo a ‘análise da possibilidade’ de que a categoria seja incluída em uma das ‘primeiras etapas prioritárias’ da vacinação contra a Covid-19, ‘dada a atividade funcional da carreira’.
“Não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”, registra um trecho do documento.
Em diferentes países, os planos de vacinação prevê atendimento prioritário a idosos, profissionais de saúde e integrantes do grupo de risco da Covid-19.
A manifestação foi apresentada ao PGJ durante reunião do Conselho Superior do Ministério Público realizada no último dia 24. Segundo a ata do encontro, disponibilizada no site da Promotoria, o documento foi levado pelo conselheiro Arual Martins.
Documento
- A ATA PDF
Ele, por sua vez, disse que recebeu a manifestação do promotor Roberto Barbosa Alves e respondeu ao colega que iria apresentá-la na reunião para que o Comitê da Covid-19 ‘pudesse analisar a questão e verificar a possibilidade’.
Durante a reunião, Sarrrubbo afirmou que encaminharia a questão ao Gabinete de Crise e disse ainda ‘que pode pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado’.
A ata ainda faz menção aos testes da Coronavac, cuja entrada na fase final foi anunciada pelo governador João Doria no último dia 23. A avaliação sobre a eficácia do produto já começou e deve ter seus resultados divulgados no início de dezembro.
O PGJ sinalizou que há ainda outras vacinas que ‘têm se mostrado com eficácia muito boa’ e que há a expectativa de a imunização começar no primeiro semestre de 2021, ‘ inicialmente para a população mais vulnerável, que seriam os idosos, os profissionais
de medicina, e assim por diante’. “De todo modo, (Sarrubbo) considera que é um pleito que pode ser levado a análise pelo Gabinete de Crise”, registra a ata.
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