terça-feira, 7 de março de 2017

Embraer apresenta o maior avião produzido no Brasil, OESP


Wagner Gomes ,
Broadcast
07 Março 2017 | 16h51
SÃO PAULO - A Embraer apresentou nesta terça-feira, 7, em São José dos Campos (SP), o E195-E2, a sua maior aeronave da segunda geração da família de e-jets de aviões comerciais. O voo inaugural está previsto para os próximos meses e o jato entrará em serviço no primeiro semestre de 2019.
"O E195-E2 tem potencial de mudar significativamente o perfil de frota das companhias aéreas em todo o mundo. Tendo custo por viagem 20% menor e custo por assento similar ao de aviões maiores, o E195-E2 torna-se o avião ideal tanto para crescimento de empresas regionais como complementação de frota de empresas de baixo custo e de linhas principais", diz, em nota, o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, John Slattery.

Foto: Assessoria de Imprensa Embraer
Embraer novo avião
Com investimento de US$ 1,7 bilhão, Embraer busca manter a liderança no segmento de aviões de 70 a 130 assentos

O E195-E2 tem três fileiras a mais de assentos quando comparado ao E195 da atual geração, podendo ser configurado com 120 lugares em duas classes de serviço, ou até 146 em classe única. Segundo a companhia, a aeronave também teve aumento significativo de alcance, de mais de 800 quilômetros (450 milhas náuticas), o que possibilitará viagens de até 4.500 quilômetros (2.450 milhas náuticas) de distância.
A aeronave possui uma asa desenvolvida especialmente para o modelo, com o maior alongamento entre jatos de corredor único, "aumentando a eficiência de consumo de combustível", segundo comunicado da companhia. Além de uma especificação mais equilibrada, a Embraer informa que usou toda a experiência de mais 17 milhões de horas voadas nos e-jets atuais, com uma frota de mais 1.300 unidades, para chegar a um projeto de otimização para o E2.

As maiores aeronaves do mundo


13


"Por exemplo, sendo concebido com uma combinação inteligente de materiais, o E195-E2 consegue ter capacidade de transportar 10% mais passageiros que o concorrente direto e ainda assim ter o mesmo peso", diz a empresa.
Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Comercial, explica, em nota, que foram introduzidas na plataforma de E-Jets todas as novas tecnologias que agregam valor aos clientes. Um exemplo, de acordo com ele, é a quarta geração de fly-by-wire que permitiu a redução de 20% da área da empenagem, minimizando o arrasto e o peso.
"O avião terá uma economia de até 24% de consumo e 20% nos custos de manutenção por assento quando comparado ao atual E195. Parte dessa economia será atingida pela nova tecnologia de motores, mas o grande diferencial competitivo do E195-E2 está na otimização da estrutura e dos seus vários sistemas", comenta.
Protótipo. A Embraer vai utilizar dois aviões na campanha de certificação do E195-E2. O primeiro protótipo será usado nos ensaios de aerodinâmica e desempenho, enquanto o segundo avião, que também deve realizar o voo inaugural até o fim deste ano, será empregado na validação de tarefas de manutenção e de interior.
Desde o lançamento, os E2 alcançaram 690 pedidos, dos quais 275 firmes, sendo 90 para o E195-E2, e de 415 opções e direitos de compra, tendo entre seus clientes companhias aéreas e empresas de leasing. Atualmente, a família de e-jets opera com cerca de 70 clientes em 50 países, sendo líder global no segmento até 130 assentos, com mais de 50% de participação de mercado, de acordo com a Embraer.
Com investimento de US$ 1,7 bilhão, o programa E2 foi lançado em junho de 2013, visando a manutenção da liderança da Embraer no segmento de aviões de 70 a 130 assentos.

Com dois anos de recessão, PIB brasileiro encolhe 7,2%, OESP




Economia recuou 3,6% no ano passado, completando a maior recessão desde 1930, e PIB do País voltou ao mesmo nível de 2010


O Estado de S.Paulo
07 Março 2017 | 09h01

Foto: Estadão
PIB
Economia cai pelo segundo ano
A economia brasileira encolheu pelo segundo ano consecutivo em 2016, confirmando a pior recessão desde 1930. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas, caiu 3,6% no ano passado, segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira, 7. Com dois anos de recessão, o PIB brasileiro acumula retração de 7,2%.
Pelos dados do IBGE, é a maior retração desde 1948, mas séries históricas mais antigas, como as do Ipea, apontam para a maior recessão desde 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, provocada pela quebra da Bolsa da Nova York.
O resultado veio um pouco abaixo do recuo de 2015, de 3,8%, e dentro das expectativas dos analistas. O tombo foi generalizado entre todas as atividades econômicas, com a agropecuária liderando os recuos (-6,6%), seguida pela indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%).
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948. Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. "É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos", afirmou Rebeca.

PIB 2016: Sete atividades registraram queda e apenas uma teve alta


8

Empobrecimento. "A população empobreceu", afirmou Rebeca ao analisar a divisão do PIB pelo número de habitantes, o PIB per capita. De 2014 a 2016, o PIB per capita caiu 9,1%. No mesmo período, a população cresceu 0,9% ao ano. A queda de 9,1% é "bastante relevante", de acordo com a pesquisadora. "Nos três últimos anos, como a população continua crescendo, a queda do PIB per capita amplificou. O bolo encolheu e a quantidade de pessoas aumentou. Tem que colocar muita água no feijão."
No quarto trimestre, a queda do PIB foi de 0,9% em relação aos três meses anteriores, a oitava nesta comparação. Nesta análise, a agropecuária cresceu 1%, enquanto a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.



00:00
01:29
Media Quality
360P
Mobile Preset
Brasil tem segundo ano consecutivo de recessão
Depois de dois anos de contração do PIB, os analistas afirmam que já há sinais de melhora, como a queda da inflação e juros, e o crescimento da confiança de consumidores e empresários. Mas a indicação é que a recuperação ainda será frágil diante da alta taxa de desemprego, que compromete  a retomada do consumo, um dos motores do crescimento nos últimos anos.
Pelos dados do PIB, o consumo das famílias caiu 4,2% em relação a 2015, enquanto a despesa do governo caiu 0,6%. 

PIB
Infográficos/Estadão
Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 10,2%, o terceiro recuo seguido. O dado é olhado pelos economistas para medir a capacidade da economia de crescer.
Apesar do tombo generalizado entre todas as atividades, as exportações mostraram alta de 1,9%, impedindo um declínio maior do PIB.
O governo tem adotado o discurso de que o PIB vai mostrar crescimento já no primeiro trimestre deste ano. De acordo com as projeções dos analistas ouvido pelo Banco Central, a economia deve ter alta de 0,49% em 2017 e de 2,39% em 2018.
Em 2015, o quadro já fora ruim, quando houve declínio de 3,8%. Em 2014, o PIB cresceu apenas 0,5% - dado revisado após taxa positiva original de 0,10%.

PIB
Infográficos/Estadão
(Daniela Amorim, Fernanda Nunes, Mariana Sallowicz, Vinicius Neder, André Ítalo Rocha, Lorenna Rodrigues e Fernando Nakagawa)

MAIS CONTEÚDO SOBRE:

Encontrou algum erro? Entre em contato

Codesp altera modo de cobrança da energia elétrica no cais santista, A Tribuna

Novos valores serão definidos em 90 dias. Docas irá instalar medidores nos terminais

15/12/2016 - 15:49 - Atualizado em 15/12/2016 - 16:25
As tarifas de energia elétrica no Porto de Santos foram alteradas e os novos valores serão definidos em 90 dias. O prazo foi estabelecido pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária). Nesse período, haverá a troca de medidores das instalações. 
Dos 23 mil kW consumidos em média pelo Porto, a Usina Hidrelétrica de Itatinga, de propriedade da Docas e que fica em Bertioga, é responsável por 15 mil kW. Os outros 8 mil kW são obtidos junto às concessionárias de energia. Na Margem Direita (Santos), o complemento vem da CPFL, enquanto na Margem Esquerda (Guarujá e Área Continental de Santos), da CPFL e da Elektro.
De propriedade da Codesp, Usina de Itatinga fornece 15 mil Kw dos 23 mil Kw consumidos pelo Porto
(Foto: Rogério Soares)
Antes, a Docas cobrava uma tarifa de R$ 0,33 para alta tensão e R$ 0,49 para baixa tensão por kW/hora dos terminais. Segundo a estatal, estes recursos são insuficientes para bancar os custos de energia. 
A companhia ainda argumenta que os valores pagos pelos terminais são fixos e não levam em conta a estrutura tarifária do setor elétrico, que varia de acordo com a demanda contratada. As tarifas também mudam sazonalmente, conforme o clima. Essa variação dá origem às bandeiras verde, amarela e vermelha. 
No período de transição, iniciado no último dia 1º e que vai durar 90 dias, a Codesp cobrará uma média de R$ 0,40 por kW/hora (impostos já incluídos). Nesta fase, serão instalados, pela Docas, os medidores capazes de aferir o consumo de energia. 
Nesses 90 dias, os terminais estarão isentos de cobranças por consumo excessivo de energia reativa e pela ultrapassagem de demanda, itens cobrados pelas concessionárias. No fim desse prazo, eles passarão a pagar R$ 0,08 por kW/hora à Codesp, além dos valores integrais cobrados pelas concessionárias - cifras que serão definidas. 
Para o diretor-presidente da Docas, José Alex Oliva, a cobrança será equilibrada. “A tarifa de energia elétrica do Porto de Santos está congelada há duas décadas. A Codesp estava entregando a energia com subsídio, o que gerou somente neste ano, até setembro, um déficit de quase R$ 30 milhões”, afirmou.