terça-feira, 7 de março de 2017

Codesp altera modo de cobrança da energia elétrica no cais santista, A Tribuna

Novos valores serão definidos em 90 dias. Docas irá instalar medidores nos terminais

15/12/2016 - 15:49 - Atualizado em 15/12/2016 - 16:25
As tarifas de energia elétrica no Porto de Santos foram alteradas e os novos valores serão definidos em 90 dias. O prazo foi estabelecido pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária). Nesse período, haverá a troca de medidores das instalações. 
Dos 23 mil kW consumidos em média pelo Porto, a Usina Hidrelétrica de Itatinga, de propriedade da Docas e que fica em Bertioga, é responsável por 15 mil kW. Os outros 8 mil kW são obtidos junto às concessionárias de energia. Na Margem Direita (Santos), o complemento vem da CPFL, enquanto na Margem Esquerda (Guarujá e Área Continental de Santos), da CPFL e da Elektro.
De propriedade da Codesp, Usina de Itatinga fornece 15 mil Kw dos 23 mil Kw consumidos pelo Porto
(Foto: Rogério Soares)
Antes, a Docas cobrava uma tarifa de R$ 0,33 para alta tensão e R$ 0,49 para baixa tensão por kW/hora dos terminais. Segundo a estatal, estes recursos são insuficientes para bancar os custos de energia. 
A companhia ainda argumenta que os valores pagos pelos terminais são fixos e não levam em conta a estrutura tarifária do setor elétrico, que varia de acordo com a demanda contratada. As tarifas também mudam sazonalmente, conforme o clima. Essa variação dá origem às bandeiras verde, amarela e vermelha. 
No período de transição, iniciado no último dia 1º e que vai durar 90 dias, a Codesp cobrará uma média de R$ 0,40 por kW/hora (impostos já incluídos). Nesta fase, serão instalados, pela Docas, os medidores capazes de aferir o consumo de energia. 
Nesses 90 dias, os terminais estarão isentos de cobranças por consumo excessivo de energia reativa e pela ultrapassagem de demanda, itens cobrados pelas concessionárias. No fim desse prazo, eles passarão a pagar R$ 0,08 por kW/hora à Codesp, além dos valores integrais cobrados pelas concessionárias - cifras que serão definidas. 
Para o diretor-presidente da Docas, José Alex Oliva, a cobrança será equilibrada. “A tarifa de energia elétrica do Porto de Santos está congelada há duas décadas. A Codesp estava entregando a energia com subsídio, o que gerou somente neste ano, até setembro, um déficit de quase R$ 30 milhões”, afirmou. 

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