domingo, 28 de fevereiro de 2016

Fábrica da Nestlé consome 25% da energia a partir de borra de café

5.02.16
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Fonte: Brasil Energia - 11.02.2016
São Paulo - A fábrica da Nestlé de Araras, no interior do estado de São Paulo, alcançou suprimento de cerca de 25% do consumo de energia a partir da borra de café. O subproduto da fabricação de café solúvel é misturado a cavaco de madeira e o mix é usado como biomassa para a geração de vapor e energia das caldeiras da unidade.

Em torno de 97% da borra gerada nos processos produtivos da fábrica são utilizados como biomassa. Os 3% restantes vão para compostagem, utilizados como fertilizantes orgânicos para as lavouras de laranja da região.

Apenas a unidade de Araras da Nestlé no Brasil utiliza a borra na geração de energia, uma vez que é a única no país que produz café solúvel, um dos produtos de maior consumo da companhia. O subproduto é prensado e armazenado em um silo, no qual é misturado ao cavaco, e posteriormente direcionado às caldeiras.

A fábrica consome, hoje, cerca de 40% de toda a energia utilizada pelo grupo nacionalmente. A empresa, no entanto, não revelou valores em kWh nem os investimentos realizados ou a economia obtida no processo. Além de café, a fábrica produz achocolatados, leite condensado, fórmulas infantis, refrigerados, leite líquido e em creme. A unidade foi inaugurada em 1921.

Segundo o grupo, atualmente, 46% de toda a energia utilizada internamente pela companhia no Brasil vem de fontes renováveis. “De 2005 a 2014, ao mesmo tempo em que a Nestlé aumentou em 69,1% o volume de produção, reduziu em 36% o consumo de energia”, informou.

As fábricas localizadas em Carazinho, no Rio Grande do Sul, e Araraquara, em São Paulo, também realizam o reaproveitamento energético de resíduos. As unidades reutilizam materiais não recicláveis como combustível em fornos industriais. Com o projeto, as fábricas eliminaram o envio de 100% dos resíduos a aterros.

Ao longo do primeiro semestre de 2015, a Nestlé registrou vendas de US$ 44 bilhões em todo o mundo, um crescimento global de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas Américas, o que inclui América do Norte e América Latina, o aumento foi também de 1,7%, na mesma comparação.

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26.02.16 | Apolo aquece a água, in CC


Assunto: Revista Carta Capital - 19.02.2016





Brasil - Disparada das tarifas de energia elétrica tem elevado a procura das empresas por eficiência energética
Brasil - Eficiência energética, autoprodução, microgeração distribuída solar e redes inteligentes de energia serão tendências crescentes no setor elétrico nos próximos anos. A disparada das tarifas tem elevado a procura das empresas por eficiência energética, seja por meio de medidas de racionalização de equipamentos, seja pelo uso de geradores em horários de pico, quando a energia é mais cara.

Em 2015, a CPFL Eficiência firmou contrato com a Algar Tech, multinacional brasileira que desenha soluções de tecnologia da informação. Pelo acordo, os sistemas de iluminação e climatização na paulista Campinas e na mineira Uberlândia serão modernizados e haverá investimentos em dois projetos de energia solar.

Esses projetos proporcionarão uma economia de 3,5 mil megawatts por ano no consumo de energia da Algar Tech, dos quais 73% correspondem às ações de eficiência energética e 27% são provenientes da autoprodução de energia das usinas solares.

E a microgeração distribuída também avança. Desde 2012, uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica permite ao pequeno consumidor residencial ou comercial com excedente de geração de energia de fonte própria acumular créditos e descontar da conta. No fim do ano passado, a Aneel aprovou aperfeiçoamentos na regulação, que começarão a vigorar a partir de março. As novas regras possibilitam a instalação da geração distribuída em condomínios. Nessa configuração, a energia gerada poderia ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores. Foi criada ainda a figura da “geração compartilhada”, na qual diversos interessados se unem em um consórcio ou cooperativa. Desde a publicação da Resolução em 2012 até o fim do ano passado, já foram instaladas cerca de 1,2 mil centrais geradoras, mais de 95% baseadas em fonte solar fotovoltaica.
Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Revista Carta Capital_Apolo Aquece a água.pdf
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Mistério, por Luis Fernando Veríssimo, n oEstado


Não faz muito, dizia-se que o melhor negócio do mundo era uma companhia de petróleo bem administrada e o segundo melhor uma companhia de petróleo mal administrada. Hoje, nenhuma companhia de petróleo, bem ou mal administrada, precisa ser uma Petrobrás para se sentir roubada: os preços do sangue negro do planeta não param de cair. Outras commodities de prestígio, como o minério de ferro, também perdem mercado e valor. Está tudo de pernas pro ar, mas o caso do petróleo em baixa é o mais intrigante. É cada vez maior o número de carros queimando gasolina nas ruas do mundo, a questão não é de menos demanda. Fala-se que a desvalorização do petróleo é uma manobra do Ocidente para acabar com a chantagem política dos produtores do Oriente Médio, ainda mais agora que a produção de óleo nos Estados Unidos quase supre o mercado doméstico. De qualquer maneira, não deixa de ser divertido ver uma Arábia Saudita subitamente com problemas de orçamento, em cima de toda aquela riqueza subterrânea tornada hipotética.
Mas, como diz a canção, até as nuvens mais negras têm uma auréola de prata. O ocaso das commodities corresponde a um aumento na produção de celulares e outros efeitos da mudança de hábitos da humanidade, na era da comunicação instantânea e da padronização internacional do consumo. Quando uns perdem outros ganham. Me lembrei do que diziam da Alemanha antes da ascensão do nazismo. A inflação descontrolada na República de Weimar era tamanha que as fraus tinham que ir à feira levando o dinheiro em carrinhos de mão. A economia estava em ruínas, havia miséria e desesperança por todo lado e nenhuma perspectiva de melhora – a não ser por um setor, que prosperava enquanto os outros penavam. Que milagre era aquele? Que gênios conseguiam sobreviver em meio à derrocada? Foram investigar e descobriram que a exceção à penúria geral era a indústria de carrinhos de mão.
Especulava-se sobre o tamanho das reservas de combustível fóssil no mundo, o que estimulava o desenvolvimento de alternativas renováveis e de outras fontes de energia, como o sol e o vento. Tudo no pressuposto de reservas minguantes de petróleo, o que justificava o preço alto. O que justifica os atuais preços baixos, se não é a política é um mistério. Ou eu é que não estou entendendo mais nada.
Papo vovô. Não gosto de cortar as unhas do pé. (Pronto, achei que você deveria ter esta informação.) Deixo cortarem minhas unhas regularmente em respeito à saúde pública, mas sob protestos. A Lucinda, nossa neta de 7 anos, acompanha algumas dessas sessões de tortura, e de outras apenas quer saber: “Foi com fiasco ou sem fiasco?”.