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Fonte: Brasil Energia - 11.02.2016
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São Paulo - A fábrica da Nestlé de Araras, no interior do estado de São Paulo, alcançou suprimento de cerca de 25% do consumo de energia a partir da borra de café. O subproduto da fabricação de café solúvel é misturado a cavaco de madeira e o mix é usado como biomassa para a geração de vapor e energia das caldeiras da unidade.
Em torno de 97% da borra gerada nos processos produtivos da fábrica são utilizados como biomassa. Os 3% restantes vão para compostagem, utilizados como fertilizantes orgânicos para as lavouras de laranja da região. Apenas a unidade de Araras da Nestlé no Brasil utiliza a borra na geração de energia, uma vez que é a única no país que produz café solúvel, um dos produtos de maior consumo da companhia. O subproduto é prensado e armazenado em um silo, no qual é misturado ao cavaco, e posteriormente direcionado às caldeiras. A fábrica consome, hoje, cerca de 40% de toda a energia utilizada pelo grupo nacionalmente. A empresa, no entanto, não revelou valores em kWh nem os investimentos realizados ou a economia obtida no processo. Além de café, a fábrica produz achocolatados, leite condensado, fórmulas infantis, refrigerados, leite líquido e em creme. A unidade foi inaugurada em 1921. Segundo o grupo, atualmente, 46% de toda a energia utilizada internamente pela companhia no Brasil vem de fontes renováveis. “De 2005 a 2014, ao mesmo tempo em que a Nestlé aumentou em 69,1% o volume de produção, reduziu em 36% o consumo de energia”, informou. As fábricas localizadas em Carazinho, no Rio Grande do Sul, e Araraquara, em São Paulo, também realizam o reaproveitamento energético de resíduos. As unidades reutilizam materiais não recicláveis como combustível em fornos industriais. Com o projeto, as fábricas eliminaram o envio de 100% dos resíduos a aterros. Ao longo do primeiro semestre de 2015, a Nestlé registrou vendas de US$ 44 bilhões em todo o mundo, um crescimento global de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas Américas, o que inclui América do Norte e América Latina, o aumento foi também de 1,7%, na mesma comparação. |
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