Brasil - Eficiência energética, autoprodução, microgeração distribuída solar e redes inteligentes de energia serão tendências crescentes no setor elétrico nos próximos anos. A disparada das tarifas tem elevado a procura das empresas por eficiência energética, seja por meio de medidas de racionalização de equipamentos, seja pelo uso de geradores em horários de pico, quando a energia é mais cara.
Em 2015, a CPFL Eficiência firmou contrato com a Algar Tech, multinacional brasileira que desenha soluções de tecnologia da informação. Pelo acordo, os sistemas de iluminação e climatização na paulista Campinas e na mineira Uberlândia serão modernizados e haverá investimentos em dois projetos de energia solar.
Esses projetos proporcionarão uma economia de 3,5 mil megawatts por ano no consumo de energia da Algar Tech, dos quais 73% correspondem às ações de eficiência energética e 27% são provenientes da autoprodução de energia das usinas solares.
E a microgeração distribuída também avança. Desde 2012, uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica permite ao pequeno consumidor residencial ou comercial com excedente de geração de energia de fonte própria acumular créditos e descontar da conta. No fim do ano passado, a Aneel aprovou aperfeiçoamentos na regulação, que começarão a vigorar a partir de março. As novas regras possibilitam a instalação da geração distribuída em condomínios. Nessa configuração, a energia gerada poderia ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores. Foi criada ainda a figura da “geração compartilhada”, na qual diversos interessados se unem em um consórcio ou cooperativa. Desde a publicação da Resolução em 2012 até o fim do ano passado, já foram instaladas cerca de 1,2 mil centrais geradoras, mais de 95% baseadas em fonte solar fotovoltaica.
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