segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Consumo médio de água na Região Metropolitana de SP cai 14% em 10 anos


Volume que deixou de ser consumido equivale a 13 bilhões de litros por mês; campanhas de uso racional da Sabesp e combate a perdas explicam a redução

Em dez anos, caiu 14,3% o consumo médio de água por domicílio na Região Metropolitana de São Paulo. Os dados da Sabesp mostram que, em 2001, cada casa gastava mensalmente uma média de 17.080 litros de água. Em 2011, esse índice diminuiu para 14.650 litros a cada mês.

Essa redução levou a uma economia de 13,4 bilhões de litros por mês. Atualmente, a Região Metropolitana consome mensalmente 80,5 bilhões de litros de água. Se a média de 2001 tivesse se mantido, seriam gastos 93,9 bilhões de litros. Para ter uma ideia do resultado, é como se em cada casa deixassem de ser tomados 18 banhos de 15 minutos.
Esses 13,4 bilhões de litros são suficientes para abastecer uma população de 2,9 milhões de habitantes. É mais do que Salvador, que tem 2,7 milhões de moradores, ou mais do que todo o ABC paulista, onde vivem 2,55 milhões de pessoas.
Quatro fatores explicam esse fenômeno: conscientização da população, graças às campanhas de redução no consumo da Sabesp e à educação ambiental; diminuição nas perdas de água na rede de abastecimento; melhorias nos equipamentos, que hoje gastam menos água; e queda no número de moradores por domicílio.

Os fatores

A redução nas perdas de água é um dos principais motivos para a diminuição no consumo médio. Em 2001, o índice nas cidades operadas pela Sabesp era de 31,4%. O pico foi atingido em 2004, com 34%. Em 2010, esse indicador baixou para 26%. O objetivo da Sabesp é chegar a 13% em 2019, com um investimento de R$ 4,3 bilhões. Só com a diminuição das perdas entre 2004 e 2010, deixou de ser desperdiçada água suficiente para abastecer 1,7 milhão de pessoas.
As ações de conscientização e de educação ambiental também influenciaram no resultado. Campanhas de uso racional da água, promovidas pela Sabesp desde o fim dos anos 1990, ajudaram a mudar hábitos. Além disso, novos equipamentos hidráulicos contribuíram. Se, no começo da década passada, torneiras e chuveiros gastavam muita água e não paravam de pingar, hoje eles são muito mais eficientes e econômicos. As caixas acopladas de descarga, que consumiam até 18 litros por acionamento, hoje usam 6 litros.

Houve também uma queda no número de habitantes por domicílio. Ao final de 2000, a Região Metropolitana tinha 3,54 pessoas por moradia, segundo o Censo daquele ano. Ao fim de 2010, a média caiu para 3,22.

Ganho ambiental

Um dos efeitos mais importantes da redução no consumo médio é o adiamento de novos investimentos, já que o aumento da produção de água inclui pesados gastos com expansão da rede, novas represas e equipamentos para o transporte desse volume. Há também um enorme ganho ambiental. A água tratada é mais bem aproveitada; os mananciais são menos exigidos; e novos reservatórios deixam de ser explorados ou têm seu uso adiado. Além da não execução de obras que impactam a natureza, como a instalação de tubulações, estações elevatórias.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Embrapa da indústria



Coluna Econômica - 05/08/2011
Embora o destaque maior tenham sido as isenções fiscais, os maiores avanços do Plano Brasil Maior serão na área da inovação. Além de um conjunto de medidas de ampliação de recursos para o setor, o ponto forte é a criação da Embrapi (Empresa Brasileira de Pesquisas Industriais), anunciada pelo Ministro Aloizio Mercadante.
Será seguido o modelo da alemã Fraunhofer.
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A ideia é que a nova empresa tenha uma estrutura enxuta, gestão majoritariamente privada que trabalhe articulando as ações de institutos de pesquisa já existentes.
Na fase inicial serão montados convênios com três instituições, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro, e um centro de excelência do Senai na Bahia.
Até o final de 2014, serão 30 centros conveniados.
Caberá à Embrapi a gestão desses contratos, a definição de metas, a metodologia de avaliação e o pagamento pelos serviços prestados. A verba inicial alocada é de R$ 30 milhões.
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Modelo a ser seguido pela Embrapi, a Fraunhofer é a maior instituição europeia orientada para inovação. Seu foco são as áreas de saúde, segurança, energia, comunicação e meio ambiente. É avaliada pelos resultados objetivos na vida das pessoas. Investe em inovação, tecnologia, produtos, métodos e técnicas.
No total, tem mais de 80 unidades de pesquisa, incluindo 60 Institutos Fraunhofer, em locais diferentes na Alemanha Possui mais de 18 mil funcionários, a maioria dos quais cientistas e engenheiros qualificados.
Tem centros de pesquisa e escritórios de representação na Europa, EUA, Ásia e Oriente Médio.
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A instituição atua nas duas pernas, a pesquisa científica e o desenvolvimento de projetos aplicados. Suas fontes de recursos são financiamentos públicos (40%) e venda de serviços (60%).
Parte do financiamento público vem através do Ministério da Educação para o desenvolvimento de centros de pesquisa e ensino em áreas de tecnologia avançada.
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No caso das demandas individuais, desenvolve produtos e processos até o momento de colocar no mercado. ou até a fabricação do protótipo, otimiza tecnologias e processos de produção, apoia a implantação de novas tecnologias, monta ensaios em centros de demonstração.
Além disso, oferece estudos de viabilidade, pesquisas de mercado, análises de relatórios de tendências, auditorias ambientais.
Em 2010, os Institutos Fraunhofer entraram com 695 pedidos de patentes, dos quais 505 foram arquivadas com o Alemão de Patentes e Office Trade Mark.
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O Instituto é dirigido por um Conselho de aproximadamente 30 pessoas, das áreas de ciência, negócios, indústria e setor público, além de representantes dos governos federal e estaduais e membros do Conselho Científico e Técnico. Esse Conselho se reúne duas vezes por ano.
Seu papel é definir os rumos da ciência básica e da política de pesquisas, criação, incorporação ou desconcentração, fusão e dissolução de entidades de pesquisa pertencente ao Fraunhofer-Gesellschaft. E também nomeia os membros do Conselho Executivo.
Existe também um Conselho Técnico e Científico, composto por diretores e alta gerência dos institutos e um representante eleito do pessoal científico e técnico de cada instituto.
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Tenho para mim que seria mais rápido montar a Embrapi em cima de um centro de excelência já existente – o Inmetro.
Confiança de serviços sobe 0,8% em julho
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou crescimento de 0,8% entre junho e julho, ao passar de 131,6 para 132,6 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado marca a retomada do crescimento do indicador após duas quedas consecutivas. De acordo com a pesquisa, o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,4%, para 149,5 pontos, seu maior resultado desde março de 2010. O Índice da Situação Atual (ISA-S) ficou estável em 115,8 pontos, 2% acima do nível de julho do ano anterior.
Inflação deve ampliar queda a partir de setembro
A atuação do Banco Central para conter a inflação este ano já tem gerado efeitos que serão sentidos com maior intensidade durante o segundo semestre, segundo estimativas do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Segundo ele, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho ficará próxima do resultado de junho (alta de 0,15%), e que o auge da inflação este ano deve ser atingido em agosto, mas que a taxa deve cair entre setembro de 2011 e abril de 2012.
Comércio tem crescimento moderado em julho
O movimento dos consumidores nas lojas apresentou crescimento de 0,1% em julho na comparação com o mês anterior, segundo a consultoria Serasa Experian. O aumento foi puxado pelo crescimento de 0,7% do segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Ao longo do ano, o varejo nacional registrou expansão de 9,6% em sua atividade. Segundo os agentes, os resultados dos dois últimos meses indicam um cenário de expansão mais moderada para o varejo nacional ao longo deste segundo semestre.
Japão intervém para desvalorizar iene
O governo do Japão realizou uma intervenção em seu mercado cambial para frear a valorização do iene, que está pertoo de seu maior patamar frente ao dólar desde 1945. A autoridade monetária local ampliou os dispositivos de flexibilização monetária via compra de obrigações de Estado e outros títulos e com a extensão de empréstimos a taxas preferenciais. Além disso, a soma autorizada para a compra de bônus do Tesouro, obrigações de empresas e outros títulos será ampliada para 50 trilhões de ienes.
BCE mantém juros da zona do euro em 1,5%
O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros estáveis em 1,5%, ao mesmo tempo em que deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos pelo período de um dia, em 2,25%, e a facilidade de depósito, que remunera depósito overnight em bancos centrais nacionais, em 0,75%. A entidade tem sido pressionada a comprar dívida soberana e evitar que a crise da dívida afete Espanha e Itália.
Venda de veículos avança 0,6% em julho
A venda de veículos no país subiu 0,6% em julho ante o período anterior, com a comercialização de 306.231 unidades, segundo dados divulgados pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em relação ao ano passado, o acréscimo chegou a 1,3%. No acumulado do ano, o crescimento chegou a 8,6%. Em 2011 foram vendidos 2.043.448. Ao todo, foram produzidos no mês 307.198 unidades, 3,9% a mais do que no mês anterior quando a indústria produziu 295.605 unidades.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vale amplia investimento na exploração de fosfato

rasil
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Segunda-feira, 25/07/2011, 03h09


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Enquanto Vale e Petrobras tentam acertar os ponteiros para ampliar a produção de potássio em Sergipe - a presidente Dilma Rousseff deu 40 dias para as empresas chegarem a um acordo -, a mineradora se prepara para ampliar os investimentos na exploração de outro importante insumo para a indústria de fertilizantes, o fosfato, do qual o Brasil também é dependente de importações. A Vale vai investir cerca de R$ 2 bilhões no Projeto Salitre, a ser implantado na cidade mineira de Patrocínio, onde prevê produzir 2,2 milhões de toneladas de fosfato a partir de 2013 ou 2014. O anúncio será feito no mês que vem.

O protocolo de intenções para o início do projeto seria assinado entre o governo de Minas Gerais e a Vale na última quarta-feira, em Belo Horizonte. Por causa de um contratempo na agenda dos executivos da empresa, o evento foi cancelado. Anteontem, o governador Antonio Anastasia viajou em missão internacional e só deve voltar em agosto, razão pela qual o anúncio será mês que vem.

Além do investimento da Vale, está previsto R$ 1,4 bilhão da iniciativa privada e dos governos estadual e municipal. Segundo o secretário de Desenvolvimento de Patrocínio, Thiago Oliveira, os recursos são para infraestrutura e unidades industriais de outras empresas que produzirão fertilizantes. Segundo a Vale Fertilizantes, subsidiária da Vale, o projeto Salitre - herdado da Fosfértil, comprada pela Vale em 2010 - ainda será submetido ao conselho de administração, mas fontes disseram que ele está “tecnicamente aprovado”.

Quanto à exploração de potássio em Sergipe, a Vale terá que apresentar, por determinação do Palácio do Planalto, um cronograma para a exploração das novas minas, de modo a garantir que os investimentos serão feitos. Um impasse entre Vale e Petrobras vinha impedindo a mineradora - que arrenda a mina de Taquari-Vassouras da estatal há 20 anos -de fazer novos investimentos em ampliação. (Rio de Janeiro/ Brasília e São Paulo/ AG)