sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Embrapa da indústria



Coluna Econômica - 05/08/2011
Embora o destaque maior tenham sido as isenções fiscais, os maiores avanços do Plano Brasil Maior serão na área da inovação. Além de um conjunto de medidas de ampliação de recursos para o setor, o ponto forte é a criação da Embrapi (Empresa Brasileira de Pesquisas Industriais), anunciada pelo Ministro Aloizio Mercadante.
Será seguido o modelo da alemã Fraunhofer.
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A ideia é que a nova empresa tenha uma estrutura enxuta, gestão majoritariamente privada que trabalhe articulando as ações de institutos de pesquisa já existentes.
Na fase inicial serão montados convênios com três instituições, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro, e um centro de excelência do Senai na Bahia.
Até o final de 2014, serão 30 centros conveniados.
Caberá à Embrapi a gestão desses contratos, a definição de metas, a metodologia de avaliação e o pagamento pelos serviços prestados. A verba inicial alocada é de R$ 30 milhões.
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Modelo a ser seguido pela Embrapi, a Fraunhofer é a maior instituição europeia orientada para inovação. Seu foco são as áreas de saúde, segurança, energia, comunicação e meio ambiente. É avaliada pelos resultados objetivos na vida das pessoas. Investe em inovação, tecnologia, produtos, métodos e técnicas.
No total, tem mais de 80 unidades de pesquisa, incluindo 60 Institutos Fraunhofer, em locais diferentes na Alemanha Possui mais de 18 mil funcionários, a maioria dos quais cientistas e engenheiros qualificados.
Tem centros de pesquisa e escritórios de representação na Europa, EUA, Ásia e Oriente Médio.
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A instituição atua nas duas pernas, a pesquisa científica e o desenvolvimento de projetos aplicados. Suas fontes de recursos são financiamentos públicos (40%) e venda de serviços (60%).
Parte do financiamento público vem através do Ministério da Educação para o desenvolvimento de centros de pesquisa e ensino em áreas de tecnologia avançada.
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No caso das demandas individuais, desenvolve produtos e processos até o momento de colocar no mercado. ou até a fabricação do protótipo, otimiza tecnologias e processos de produção, apoia a implantação de novas tecnologias, monta ensaios em centros de demonstração.
Além disso, oferece estudos de viabilidade, pesquisas de mercado, análises de relatórios de tendências, auditorias ambientais.
Em 2010, os Institutos Fraunhofer entraram com 695 pedidos de patentes, dos quais 505 foram arquivadas com o Alemão de Patentes e Office Trade Mark.
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O Instituto é dirigido por um Conselho de aproximadamente 30 pessoas, das áreas de ciência, negócios, indústria e setor público, além de representantes dos governos federal e estaduais e membros do Conselho Científico e Técnico. Esse Conselho se reúne duas vezes por ano.
Seu papel é definir os rumos da ciência básica e da política de pesquisas, criação, incorporação ou desconcentração, fusão e dissolução de entidades de pesquisa pertencente ao Fraunhofer-Gesellschaft. E também nomeia os membros do Conselho Executivo.
Existe também um Conselho Técnico e Científico, composto por diretores e alta gerência dos institutos e um representante eleito do pessoal científico e técnico de cada instituto.
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Tenho para mim que seria mais rápido montar a Embrapi em cima de um centro de excelência já existente – o Inmetro.
Confiança de serviços sobe 0,8% em julho
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou crescimento de 0,8% entre junho e julho, ao passar de 131,6 para 132,6 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado marca a retomada do crescimento do indicador após duas quedas consecutivas. De acordo com a pesquisa, o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,4%, para 149,5 pontos, seu maior resultado desde março de 2010. O Índice da Situação Atual (ISA-S) ficou estável em 115,8 pontos, 2% acima do nível de julho do ano anterior.
Inflação deve ampliar queda a partir de setembro
A atuação do Banco Central para conter a inflação este ano já tem gerado efeitos que serão sentidos com maior intensidade durante o segundo semestre, segundo estimativas do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Segundo ele, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho ficará próxima do resultado de junho (alta de 0,15%), e que o auge da inflação este ano deve ser atingido em agosto, mas que a taxa deve cair entre setembro de 2011 e abril de 2012.
Comércio tem crescimento moderado em julho
O movimento dos consumidores nas lojas apresentou crescimento de 0,1% em julho na comparação com o mês anterior, segundo a consultoria Serasa Experian. O aumento foi puxado pelo crescimento de 0,7% do segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Ao longo do ano, o varejo nacional registrou expansão de 9,6% em sua atividade. Segundo os agentes, os resultados dos dois últimos meses indicam um cenário de expansão mais moderada para o varejo nacional ao longo deste segundo semestre.
Japão intervém para desvalorizar iene
O governo do Japão realizou uma intervenção em seu mercado cambial para frear a valorização do iene, que está pertoo de seu maior patamar frente ao dólar desde 1945. A autoridade monetária local ampliou os dispositivos de flexibilização monetária via compra de obrigações de Estado e outros títulos e com a extensão de empréstimos a taxas preferenciais. Além disso, a soma autorizada para a compra de bônus do Tesouro, obrigações de empresas e outros títulos será ampliada para 50 trilhões de ienes.
BCE mantém juros da zona do euro em 1,5%
O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros estáveis em 1,5%, ao mesmo tempo em que deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos pelo período de um dia, em 2,25%, e a facilidade de depósito, que remunera depósito overnight em bancos centrais nacionais, em 0,75%. A entidade tem sido pressionada a comprar dívida soberana e evitar que a crise da dívida afete Espanha e Itália.
Venda de veículos avança 0,6% em julho
A venda de veículos no país subiu 0,6% em julho ante o período anterior, com a comercialização de 306.231 unidades, segundo dados divulgados pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em relação ao ano passado, o acréscimo chegou a 1,3%. No acumulado do ano, o crescimento chegou a 8,6%. Em 2011 foram vendidos 2.043.448. Ao todo, foram produzidos no mês 307.198 unidades, 3,9% a mais do que no mês anterior quando a indústria produziu 295.605 unidades.

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