Secretário-executivo do gabinete de Ricardo Nunes (MDB), o tucano Fábio Lepique afirma que uma eventual decisão do PSDB de não apoiar a reeleição do atual prefeito de São Paulo seria uma traição do partido ao projeto de Bruno Covas.
"Qualquer proposição do PSDB contra o apoio ao Ricardo é uma traição ao que Bruno Covas desenhou para a cidade", afirma Lepique ao Painel. Para o secretário, o prefeito manteve secretários, presidentes de empresas, subprefeitos, entre outros, filiados ou historicamente ligados ao PSDB e escolhidos por Covas.
Nunes assumiu a prefeitura em maio de 2021, com a morte do tucano, de quem ele era vice.
Como mostrou a coluna, reunião de Nunes com o diretório municipal do PSDB na Prefeitura de São Paulo na segunda-feira (3) gerou incômodo em tucanos mencionados no encontro e que atualmente compõem a cúpula do partido.
Foram citados Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e presidente do PSDB, Marco Vinholi e Orlando Faria, respectivamente presidente e tesoureiro do diretório estadual do partido.
Em sua colocação mais contundente segundo os presentes, Nunes disse que Vinholi estaria descumprindo acordo ao defender candidatura própria do partido na capital.
Segundo o emedebista, Vinholi participou de reunião em 2022 na qual líderes de MDB, União Brasil e PSDB teriam decidido que todos apoiariam sua candidatura a prefeito em 2024.
Vinholi disse à coluna que tem crescido no partido a opinião de que o PSDB deve "apresentar uma opção ao eleitor da capital". Faria disse que os comentários a respeito de Vinholi não fazem sentido, pois ele estaria apenas repercutindo o posicionamento de Eduardo Leite de que o partido deve buscar candidaturas próprias em todas as capitais.
Fernando Alfredo, presidente do PSDB municipal e articulador da reunião, disse que o partido se comprometeu a apoiar Nunes e que ele, enquanto estiver na sigla, será um garantidor do cumprimento de acordos.
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