Principal fator de pressão sobre a inflação em março, o preço da gasolina tende a se manter pressionado nos próximos meses – o que realimenta as expectativas em torno do futuro da política de preços dos combustíveis da Petrobras.
– O IPCA subiu 0,71% em março, informou nesta terça-feira (11/4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A gasolina subiu 8,33% no mês e teve impacto individual de 0,39 ponto percentual no índice da inflação.
– Os preços do combustível subiram impactados pela volta, ainda que parcial, dos impostos federais, que subiram de zero para 47 centavos por litro em março, até 30 de junho de 2023. (g1)
– O preço da gasolina começou o mês novamente em alta, nas bombas: na primeira semana de abril, o derivado ficou, na média, 0,36% mais caro em relação à última semana de março. É comercializado, nos postos, a R$ 5,50 o litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). (g1)
– Daqui para frente, o preço da gasolina tende a sofrer pressão de ao menos três frentes: a alta dos preços internacionais do petróleo; a reforma do ICMS estadual, a partir de junho; e a reoneração completa dos impostos federais, em julho.
Do lado da tributação, a previsão é que em junho comece a valer a nova alíquota fixa (ad rem) do ICMS da gasolina, de R$ 1,22 por litro – patamar mais elevado que a alíquota praticada hoje na maioria dos estados.
E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já garantiu que o governo pretende cumprir o que está previsto na MP 1163 e elevar os impostos federais da gasolina e do etanol hidratado em julho. (epbr)
E do lado dos preços, a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA) elevou suas previsões de preço do Brent para 2023 em 2,5%, para US$ 85 o barril.
-- Citou a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar a produção em 1,6 milhão de barris/dia. Após a divulgação das novas projeções da EIA, o barril fechou o dia com alta de 1,7%, a US$ 85,61. (Valor)
A Petrobras opera com defasagem em relação ao preço de paridade de importação (PPI). De acordo com a Abicom (importadores), o PPI acumula aumento de 15 centavos o litro desde o último reajuste nos preços da petroleira, em 1º de março. A defasagem média da companhia era, ontem, de 22 centavos o litro.
– O futuro da política de preços da Petrobras é objeto de desencontros dentro do governo. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a petroleira foi orientada pelo governo a trabalhar com o que ele está chamando de preço de competitividade interna.
Na sequência, Haddad e Lula negaram que já tenha sido apresentada uma proposta concreta para acabar com o PPI. (epbr)
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