SÃO PAULO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou 2012 com crescimento de 0,9%, o pior desempenho desde o pico da crise, em 2009, quando encolheu 0,3%. O resultado ficou abaixo do PIB de 2011, que avançou 2,7%, mas veio dentro das expectativas dos analistas. Os dados divulgados nesta sexta-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra quem o desempenho do País foi o menor entre os Brics e só superou o dos países europeus, combalidos pela crise.
No ano, o desempenho foi puxado, pelo lado da oferta, pelo setor de serviços, que avançou 1,7%, contra quedas de 2,3% na agropecuária e de 0,8% da indústria. A participação do setor de serviços no PIB atingiu 68,5%, a maior registrada desde 2000, influenciada, sobretudo, pelo consumo das famílias.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias desacelerou e subiu 3,1% no ano passado, o pior desempenho desde 2003, quando caiu 0,8%. A despesa do consumo do governo avançou 3,2%. Em valores correntes, o PIB somou R$ 4,4 trilhões.
No quarto trimestre de 2012, o PIB cresceu 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2011, o PIB apresentou alta de 1,4%. Entre o setores, o de serviços também liderou a expansão, com alta de 1,1% ante o trimestre anterior, enquanto a indústria subiu 0,4% e a agropecuária recuou 5,2%.
O ano foi marcado também pela queda do investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF), que encerrou 2012 com recuo de 4%. No quarto trimestre, contudo, a FBCF apresentou melhora e subiu 0,5% ante o trimestre imediatamente anterior, quebrando uma sequência de cinco quedas seguidas nessa análise. Era a maior a sequência desse tipo de comparação desde as cinco quedas registradas entre o terceiro trimestre de 1998 e o terceiro de 1999.
A taxa de investimento teve o segundo recuo anual seguido em relação ao PIB. A taxa de investimento no fechamento de 2012 foi de 18,1%, ante 19,3% em 2011 e contra 19,5% em 2010. Em 2009, a taxa foi de 18,1%, a mesma de 2012.
Para 2013, a expectativa é que a economia volte a crescer com mais força, impulsionada por uma safra recorde de grãos e pela retomada da indústria. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.
É o caso do Credit Suisse, mesmo banco que, em junho do ano passado, cortou a projeção do PIB de 2012 para 1,5% e causou reação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "É uma piada. Vai ser muito mais que isso", disse o ministro à época. A previsão da Fazenda, em fevereiro de 2012, era bem mais otimista: avanço de 4,5%.
Preocupado com a fraqueza da economia, o governo tem adotado algumas medidas para tentar dar impulso ao PIB. Entram na lista o programa de concessões para ferrovias, aeroportos e portos, a desoneração da folha de pagamentos para 40 setores e o programa de redução do custo da energia elétrica para consumidores e indústria, entre outros.
Para 2013, a expectativa é que a economia volte a crescer com mais força, impulsionada por uma safra recorde de grãos e pela retomada da indústria. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.
É o caso do Credit Suisse, mesmo banco que, em junho do ano passado, cortou a projeção do PIB de 2012 para 1,5% e causou reação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "É uma piada. Vai ser muito mais que isso", disse o ministro à época. A previsão da Fazenda, em fevereiro de 2012, era bem mais otimista: avanço de 4,5%.
Preocupado com a fraqueza da economia, o governo tem adotado algumas medidas para tentar dar impulso ao PIB. Entram na lista o programa de concessões para ferrovias, aeroportos e portos, a desoneração da folha de pagamentos para 40 setores e o programa de redução do custo da energia elétrica para consumidores e indústria, entre outros.
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