Tenho o hábito de agradecer antes de pedir, agradecer pelas graças alcançadas e pelas que espero alcançar.
Assim, começo pelos agradecimentos. À Folha, que me proporcionou este espaço tão valioso para ajudar as pessoas a encontrar um propósito para cuidar das finanças e entender a importância do planejamento financeiro em suas vidas.
Aos leitores, que me incentivaram e inspiraram muitas das histórias que contei, deixando claro que as pessoas importam e estão em primeiro lugar. As finanças e, por fim, os produtos e serviços financeiros que nos ajudam a resolver e a evitar problemas completam o elenco.
Sim, é uma despedida, hoje deixo a coluna da Folha, não sem antes compartilhar com vocês uma última história que me emocionou e me incentiva a continuar fazendo o que eu faço.
Caio e Telma, 51, casados há 16 anos, pais de Estela, 14, e Bento, 11. Ambos são médicos e construíram o patrimônio da família trabalhando muito, sempre no setor privado de saúde, sem vínculo empregatício no setor público.
Inesperadamente, Telma teve um AVC, chegou a ser levada ao hospital, mas morreu no mesmo dia do acidente vascular cerebral.
Caio, de repente, foi forçado a assumir o controle e a se responsabilizar por todas as despesas do orçamento familiar, antes compartidas com a esposa. Muito além dos números, se preocupa também em dar o suporte emocional de que os filhos precisam diante da perda prematura da mãe.
Caio e Telma se entendiam bem, não tinham dívidas e se responsabilizavam, ambos, pela gestão do orçamento familiar. Mantinham contas bancárias separadas. Ele não tem acesso às senhas da conta da esposa, estima mas não sabe ao certo o valor dos investimentos em nome dela e só saberá ao término do inventário, que será via judicial, modalidade obrigatória quando há herdeiros menores, como nesse caso.
A renda familiar, até então proveniente de duas fontes, passará a ser proveniente exclusivamente da renda de Caio. O controle dos gastos precisa ser aprimorado, o orçamento familiar é elevado, e sua maior preocupação é a de ser capaz de prover a educação dos filhos até que conquistem sua independência financeira.
De onde virá o dinheiro para substituir a renda antes proveniente do trabalho de Telma? Será que o casal foi previdente e buscou uma forma de proteção contra o risco da morte prematura de um ou de ambos os provedores da família com dois filhos menores para criar e educar?
Sim, felizmente, graças à leitura frequente desta coluna, há cerca de quatro anos procuraram uma planejadora financeira certificada para um planejamento financeiro que, entre outras providências, incluía a recomendação da compra de um seguro de vida com cobertura suficiente para prover a educação dos filhos. Bendito seguro!
Caio está agora analisando as alternativas para investir adequadamente os recursos que receberá da seguradora, com o objetivo de garantir o custeio dos estudos dos filhos até que estejam preparados para ingressar no mercado de trabalho.
A experiência gratificante de ter dado o apoio que ele precisava para tomar decisões importantes nesse momento de vida tão delicado só fortalece minha decisão de continuar fazendo o que faço, usando a voz e as letras para simplificar o que é complicado e compartilhar meu conhecimento e minha experiencia com as pessoas que precisam de orientação.
A gente se vê por aí. Forte abraço a todos vocês.
marcia.dessen@gmail.com