terça-feira, 15 de maio de 2018

Michel Temer: Dois anos de avanços, FSP

Peço alguns instantes de sua atenção para recordar um número de janeiro de 2016. Na Bolsa de Valores, a Petrobras valia R$ 67 bilhões. Pouco mais de dois anos se passaram. Nesta última semana, a Petrobras reconquistou o título de empresa mais valiosa do Brasil. Ultrapassou os R$ 350 bilhões.

Em 24 meses, recuperamos a Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, a Caixa Econômica Federal; elevamos o PIB a patamar positivo, melhoramos a gestão pública, ajudamos estados e municípios; reformamos leis e instituições. Trabalhamos sem parar.

Recuperamos o Brasil. No aniversário de dois anos de meu governo, aqueles que analisarem com isenção vão constatar: cumprimos o que escrevemos no documento "Ponte Para o Futuro". Transformamos a mais grave recessão da nossa história em crescimento consistente. Trocamos as famosas "pedaladas" por responsabilidade fiscal.

Integramos o Brasil ao mundo, atraindo investimentos e recuperando a credibilidade. Os programas sociais, que estavam ameaçados, têm hoje os melhores indicadores da história.

O resultado está aí: o que antes era desalento agora é trabalho. Quando assumimos, havia uma dilapidação de 150 mil empregos de carteira assinada por mês. Neste ano, registramos um saldo de 204 mil vagas com carteira assinada. E, nos últimos 12 meses, foram criados mais de 1,5 milhão de postos de trabalho.

O Bolsa Família está mais amplo —atende hoje 160 mil famílias a mais do que as 14 milhões do seu recorde anterior, em 2014. Está mais acessível para quem precisa porque zeramos a fila, que chegou a ter quase 2 milhões de famílias em maio de 2015.
Melhoramos a gestão do programa, e o benefício alcançou seu maior poder de compra porque aumentamos seu valor em mais de 100% acima da inflação do período. Financiamos no tempo certo as duas maiores safras da história, que baratearam os alimentos, favorecendo os mais necessitados.

Asseguramos os contratos do Minha Casa, Minha Vida, pagamos os atrasados que encontramos no começo de governo, em maio de 2016, e garantimos a expansão do programa, entregando uma média de 38 mil residências por mês. Fizemos mais e melhor.

Implantamos o Criança Feliz para proteger e acolher a gestante e a primeira infância. Criamos o programa "Progredir", que, pela primeira vez, capacita e emprega jovens de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família.
Em três meses, quase 70 mil deles conseguiram seu lugar no mercado de trabalho. O que deve ser permanente é a formação para melhorar de vida. Movidos por esse espírito, revolucionamos a educação. Reforma do ensino médio, novas 500 mil vagas em tempo integral e capacitação dos professores —o Brasil está apenas começando a colher os avanços da mudança.

Os resultados são incontestáveis em todas as áreas: a menor inflação da história do Plano Real, as menores taxas de juros de nossa história, os dois maiores superávits comerciais, duas safras agrícolas recordes, o maior número de títulos de propriedade (mais de 200 mil), agrária ou urbana, já distribuídos.

A indústria automobilística reagiu, com mais 40% na produção de veículos leves em abril, no comparativo com o mesmo mês de 2017. A produção aquecida e as demandas do comércio (mais 4% na construção civil em 2018) elevaram em 77% as vendas de caminhões em abril deste ano, na comparação com o ano passado. Fizemos nossa parte para essa retomada com a liberação das contas inativas do FGTS, que colocou R$ 44 bilhões na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores.

Desde a primeira hora, saí em busca de mais investimentos, de mais comércio e de mais empregos aos brasileiros. Estive na Ásia, Europa e em nossos vizinhos da América. Trouxemos bilhões em negócios. Saímos do oitavo para o segundo lugar como melhor destino para investimentos em todo o mundo.

A maior quantidade de unidades de conservação por km² de todos os tempos foi criada em minha gestão, superando todos os governos anteriores somados. A maior reserva marinha do mundo foi criada no Brasil por ato da minha Presidência. Reduzimos o desmatamento da Amazônia depois de dois anos de crescimento contínuo na devastação.
Tivemos a coragem de, pela primeira vez, encarar para valer o tema da segurança pública, demanda social prioritária, que a Constituição colocou a cargo dos estados. Criei o Ministério da Segurança Pública e decretei a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro.

Os resultados são animadores: o mês de abril já registra considerável redução de crimes violentos e roubos sobre o mês anterior. Na região de Bangu, Gericinó, Padre Miguel, Senador Camará e Vila Kennedy, onde a intervenção concentrou algumas ações, a letalidade violenta registrou o menor número de vítimas para o mês de março desde o início da série histórica. São vidas que foram preservadas. Cada uma delas, uma vitória sobre as milícias e o crime organizado.

Nada disso surgiu por geração espontânea, como alguns querem acreditar ao tentar desvincular nosso trabalho de todos os êxitos econômicos, sociais, ambientais e de segurança. Tamanhos resultados premiam o esforço de uma equipe de alta competência e dedicação ao interesse público. Para alcançá-los, foi preciso dialogar com o Congresso e construir um conjunto de normas que sepultaram o populismo do resultado fácil.

A virada na economia, assim como no resultado das estatais, é fruto dessa fórmula. Trilhamos um caminho de coragem, de mudanças. Tem sido duro, difícil, a ponto de nos custar popularidade, num país ansioso por soluções fáceis. Os resultados estão aí, os números falam mais alto. Fizemos em dois anos o que outros não fizeram em 20 anos.

O Brasil e os brasileiros têm escolha fundamental a fazer neste ano. Continuar no caminho certo, com resultados reais, ou buscar alternativas que podem gerar insegurança, crise, dívidas, inflação, recessão, desemprego, pessimismo e desesperança.

Nosso projeto acelera o desenvolvimento, amplia investimentos, cria empregos, aumenta salários, qualifica nossos jovens, oferece mais segurança. Ao cumprir o que escrevemos, o Brasil voltou a ter um futuro de prosperidade.


Michel Temer
Presidente da República; ex-vice-presidente (2011-2016, governo Dilma) e ex-presidente da Câmara (1997-2001 e 2009-2010)

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Parque Dom Paulo Evaristo Arns, OESP



Parque da Juventude, que ocupa a área da antiga Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, vai mudar de nome em homenagem ao cardeal arcebispo que, nos anos 1970, corajosamente enfrentou o regime dos generais; projeto foi aprovado na Assembleia e segue para sanção do governador






Julia Affonso e Fausto Macedo
14 Maio 2018 | 15h24

Dom Paulo Evaristo Arns – 2 de fevereiro de 2016. Foto: Felipe Rau/Estadão
O Parque da Juventude vai se chamar Parque Dom Paulo Evaristo Arnas. Localizada na zona Norte de São Paulo, a área foi ocupada por muitos anos pela Casa de Detenção do Carandiru, palco do mais sangrento massacre da história penintenciária do País, há 26 anos – 111 presos foram mortos em outubro de 1992.
A homenagem a Dom Paulo, morto em dezembro de 2016, aos 95 anos, foi decidida na semana passada (quinta, 10) pela Assembleia Legislativa, por meio da aprovação do projeto de lei 938/2016 que, agora, segue para sanção do governador Márcio França.
De autoria do deputado Luiz Fernando (PT), o projeto dá a denominação de Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns ao atual Parque da Juventude, instalado após a implosão do Carandiru, em 2002. É uma área de lazer e entretenimento ao ar livre.

São Paulo, 02/10/1992. Crédito:MÔNICA ZARATTINI/AGÊNCIA ESTADO
Dom Paulo, nascido em Forquilhinha (SC), foi nomeado arcebispo de São Paulo em outubro de 1970, aos 49 anos. Sua história ficou conhecida pela coragem com que enfrentou o regime militar, entre os anos 1960 e 1970, e por seu empenho na defesa dos direitos humanos.
Com formação em filosofia e teologia, Dom Paulo escreveu 56 livros, o mais célebre deles ‘Brasil Nunca Mais’, projeto que realizou clandestinamente via Conselho Mundial de Igrejas e pela Arquidiocese de São Paulo. O documento escancarou os porões.
Em 2007 foi concluído o projeto arquitetônico do Parque da Juventude, que mantém referenciais históricos do Carandiru – muralhas e ruínas de celas do presídio. Os pavilhões 4 e 7 foram transformados em duas escolas técnicas.
“O fato de o parque ter sido construído sobre o Carandiru, local no qual ocorreu um episódio de afronta extrema aos direitos humanos, matéria defendida com afinco durante toda a vida por Dom Evaristo Arnas, torna bastante simbólica a homenagem”, disse o deputado Luiz Fernando.

Trem movido a hidrogênio da Alstom é premiado, Via Trolebus

O Coradia iLint da Alstom, primeiro trem regional movido a célula de combustível de hidrogênio do mundo, venceu o Prêmio GreenTec Mobility 2018 na categoria Mobilidade por Schaeffler. A Alstom recebeu oficialmente o prêmio em sua maior unidade de produção, localizada em Salzgitter, Alemanha, durante uma cerimônia que precede o gala GreenTec Awards, que será realizado em Munique no dia 13 de maio.
“Estamos extremamente satisfeitos por ganhar esse prêmio. Com o Coradia iLint, a Alstom é a primeira fabricante ferroviária do mundo a fabricar uma tecnologia totalmente livre de emissões pronta para produção em série”, afirmou Jörg Nikutta, Diretor Geral da Alstom para Alemanha e Áustria. “Na verdade, conseguimos mais do que isso: um conceito de mobilidade inovador que é sustentável e competitivo, e que inclui não apenas os trens e serviços, mas também a infraestrutura necessária para abastecê-los”.
O Coradia iLint é um trem regional completamente livre de emissões que oferece uma alternativa aos trens a diesel para operação em linhas ferroviárias não eletrificadas, que atualmente representam mais de 40% da rede ferroviária na Alemanha. Alimentado por uma célula de combustível na qual o hidrogênio é convertido em energia elétrica, o Coradia iLint emite apenas vapor e condensado de água. O trem entrará em serviço regular na rota Cuxhaven-Bremervörde em 2018.
Na presença do precursor do Prêmio GreenTec, Sven Krüger, os membros do júri, Professor Tim Hosenfeldt, Diretor do Centro de Inovação da Schaeffler, e Dr. Joachim Damasky, Diretor Executivo da Associação da Indústria Automotiva da Alemanha, entregaram o certificado do prêmio para a Alstom. Também estiveram presentes na cerimônia representantes da TÜV NORD e da NOW (Organização Nacional de Tecnologia de Hidrogênio e Célula de Combustível), como parceiros do Prêmio GreenTec.
“A tecnologia de hidrogênio mostra novas formas de mobilidade livre de CO2 em uma cadeia de energia sustentável e não fossilizada, especialmente em áreas como engenharia ferroviária e transporte de mercadorias pesadas. A Alstom coloca isso em prática de maneira impressionante com o trem de hidrogênio Coradia iLint“, afirmou o Professor Hosenfeldt.
“Nosso setor está caminhando para soluções de mobilidade sustentável. O exemplo do Coradia iLint mostra que nossas possibilidades são múltiplas!” destacou o Dr. Damasky.
“As células de combustível são uma tecnologia promissora para o desenvolvimento de sistemas alternativos de condução na tecnologia ferroviária. O projeto Coradia iLint da Alstom é uma boa opção para uma mobilidade verde voltada para o futuro“, afirmou Silvio Konrad, Diretor Executivo da TÜV NORD Systems.
Fonte: Via Trolebus
Data: 09/05/2018