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Fonte: Tudo Sobre Xanxerê - 13.11.2015
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Divulgação
O proprietário da residência, Leodi Gandolfi, comenta que apenas na primeira semana de produção, o total de energia produzido foi duas vezes superior ao consumido na residência. A expectativa é que o sistema reduza em até 90% o valor da conta de energia. “Nós estávamos bastante ansiosos, pois há alguns meses já estávamos estudando o projeto junto a Iguaçu Energia, e por se tratar do primeiro projeto homologado pela concessionária todos os cuidados foram tomados”, comenta Leodi. Além do sistema de geração de energia, outras adequações na rede da residência e na parte da iluminação proporcionarão uma redução no consumo de energia. Aumento no custo de energia Um dos grandes vilões da inflação em 2015 foi o aumento nas tarifas de energia elétrica. A média de aumento em nível nacional chega a 51% acumulado no ano. Tal cenário reflete principalmente o repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, e da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O custo de produção também aumentou em função da queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país, o que provocou o acionamento das usinas termoelétricas que possuem um custo de produção mais elevado. O aumento no custo da energia só não foi maior esse ano devido à redução no consumo, fruto da desaceleração da economia e dos processos produtivos. Com uma economia fraca, se produz menos e se consome menos energia. O que é micro e minigeração distribuída? Em 2012 com o intuito de desenvolver fontes renováveis de energia e a geração distribuída, a Aneel aprovou a resolução 482/2012, que passou a viabilizar que qualquer consumidor de energia elétrica também possa produzi-la, operando de forma integrada a rede das concessionárias através de projetos de micro e minigeração distribuída. A microgeração é qualquer sistema de produção de energia igual ou inferior 100 quilowatts (kW) de potência. Já a minigeração engloba as geradoras entre 101 kW e 1 megawatt (MW) de potência. As fontes de geração precisam ser renováveis ou com elevada eficiência energética, isto é, com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada. Através da micro e minigeração, qualquer consumidor pode produzir sua própria energia. Para saber mais sobre micro e minigeração consulte o caderno da Aneel. Como funciona um sistema de geração distribuída? Se tomar como exemplo uma residência que possui um sistema de geração fotovoltaico (solar) a captação de energia ocorre geralmente no telhado da residência com a instalação de módulos fotovoltaicos. Basicamente são placas coletoras que conseguem transformar a radiação solar em energia elétrica. A energia fornecida por esses módulos é injetada na rede através de um inversor, equipamento que tem a finalidade de estabilizar e transformá-la para ser consumida na residência ou devolvê-la para a rede da concessionária. No caso do sistema fotovoltaico a produção ocorre exclusivamente durante o dia. A capacidade de produção de energia do sistema é maior do que o consumo da residência durante este período. Toda a energia excedente então é enviada para a rede da concessionária, registrada pelo medidor e torna-se um crédito. Durante a noite, quando não há produção, a residência utiliza a energia da concessionária. O medidor instalado nestas residências possui duas medições, uma de consumo e outra de produção e consequentemente ao final do ciclo de faturamento se a residência produziu mais energia do que consumiu ela possui um crédito de energia, se o produziu menos do que consumiu e não possui créditos, o consumidor paga apenas a diferença. Portanto, a rede funciona como uma bateria, armazenando o excedente até o momento em que a unidade consumidora necessite de energia proveniente da distribuidora. Crescimento dos sistemas de micro e minigeração distribuída Segundo a Aneel em 2014 o total de sistemas instalados no Brasil era de 402. Já em outubro de 2015 esse número chegou a 1.125. Os principais estados com projetos instalados são Minas Gerais (213), Rio de Janeiro (110) e Rio Grande do Sul com (109). Para Tuane Caus Rossatto proprietária da empresa xanxerense Energybio que atua no setor, a tendência é que em 2016 os projetos devam aumentar consideravelmente. “Desde fevereiro deste ano, nossa empresa atuou em projetos nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espirito Santo, Minas Gerais e Ceará. Em 2016 esperamos expandir nossas atividades em outros estados”, comenta. |