sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Construção do aeroporto Catarina, em São Roque, começa em fevereiro, diz JHSF 3 de janeiro de 2014 | 21h26


Marina Gazzoni

A JHSF começará a construir em fevereiro o Aeroporto Executivo Catarina, em São Roque (SP), no km 60 da rodovia Castello Branco. A empresa informou ontem que recebeu a licença de instalação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a última que faltava para iniciar as obras.
O aeroporto foi projetado para receber apenas voos de aviação executiva e permitirá que empresários de São Paulo cheguem ao local em 12 minutos de helicóptero.
Catarina será um aeroporto exclusivo para aviação executiva; na foto, um jato Phenom 300, da Embraer
A previsão da JHSF é inaugurar a primeira fase do aeroporto no segundo semestre de 2015. O empreendimento abrirá com uma pista de 1.940 metros, cerca de 50 mil m² de hangares e 50 mil m² de pátios para aeronaves. “A expansão será feita conforme a demanda”, disse o diretor de incorporações da JHSF, Rogério Lacerda.
A estimativa da empresa é de que o aeroporto Catarina receba 80 mil pousos e decolagens no primeiro ano de operação.
Na fase final, o aeroporto Catarina terá uma segunda pista e poderá receber cerca de 200 mil pousos ou decolagens por ano. O investimento no aeroporto deve somar R$ 500 milhões apenas na primeira fase e chegar R$ 1,2 bilhão na fase final, segundo estimativas de mercado.
O aval da Cetesb ao aeroporto da JHSF fez as ações da empresa dispararem na BM&FBovespa. Os papéis da companhia fecharam com alta de 13,47% no pregão de ontem, quando o Ibovespa subiu 1,27%.
Mini cidade.
Ele faz parte do maior projeto imobiliário em desenvolvimento pela JHSF, que inclui outlet, hotel, torres comerciais e residenciais, centro de convenções e hospitalar. “É uma mini cidade. Esse projeto avança no conceito de complexos multiuso e traz como inovação o aeroporto executivo conectado aos demais empreendimentos”, diz Lacerda. Segundo ele, todos os projetos são autossuficientes, mas ganham atratividade por estarem conectados.
Projeto do complexo Catarina prevê aeroporto, hotel, outlet e torres residenciais e comerciais
A JHSF pretende inaugurar o outlet Catarina no primeiro semestre deste ano. O shopping terá 120 lojas e uma área bruta locável (ABL) de 25 mil m². Ao todo, o complexo Catarina deve receber cerca de R$ 6 bilhões de investimentos da empresa e de parceiros.
Outros projetos. A Secretaria de Aviação Civil (SAC) publicou um decreto no fim de 2012 que permitiu a construção de aeroportos privados para aviação executiva. Além da JHSF, outras empresas têm planos para criar novos aeroportos no Estado de São Paulo.
A Harpia Logística, dos empresários André Skaf e Fernando Augusto Botelho, recebeu a autorização da SAC para construir um aeroporto em Parelheiros, na zona sul da capital paulista. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, no entanto, negou o pedido da Harpia de certidão de uso do solo para a construção de um aeroporto no local. O projeto está em análise na Cetesb.
As construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa também estudam a construção de um novo aeroporto no Estado, no município de Caieiras.

Executivo da Siemens teve ordem para destruir papéis de conta em Luxemburgo


Sergio de Bona diz à PF que foi instruído a eliminar 'todo e qualquer documento'; suspeita-se que dinheiro foi usado para pagar propina

03 de janeiro de 2014 | 2h 05

Fernando Gallo - O Estado de S.Paulo
O gerente-geral da área de projetos corporativos da Siemens, Sergio de Bona, afirmou em depoimento à Polícia Federal que recebeu instruções para destruir "todo e qualquer documento" relativo à conta bancária secreta que ex-diretores mantinham no grão-ducado de Luxemburgo, um paraíso fiscal.
A descoberta da conta pela matriz da Siemens na Alemanha, durante auditoria interna após o escândalo de corrupção mundial na empresa, resultou na demissão de Adilson Primo, então presidente da empresa no Brasil, em outubro de 2011. Primo era um dos proprietários da conta bancária em Luxemburgo, que foi irrigada com cerca de US$ 7 milhões de dinheiro da Siemens na Alemanha e nos Estados Unidos.
O vice-chefe do setor de compliance da Siemens na Alemanha, Mark Gough, disse, também em depoimento à PF, haver suspeitas de que a conta era utilizada para pagar propina a agentes públicos no Brasil.
Por conter citações de pagamento de propinas a políticos com foro privilegiado, o inquérito que apura o caso foi enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal em dezembro. O STF aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República para decidir se fica com o caso ou se o devolve à primeira instância.
Sergio de Bona, que depôs aos policiais em 29 de novembro, está na Siemens desde 1979. Ele era o controller, responsável pela contabilidade da empresa, entre 2004 e 2006, época em que contou ter sido chamado por seu então chefe, José Manuel Romero Illana, e pelo antigo ocupante da função, José Antonio Lunardelli, a quem De Bona sucedera.
Segundo seu relato à PF, houve uma reunião entre os três, na qual Romero não entrou em detalhes, mas disse que precisava "de sua ajuda para encerrar uma conta no exterior". Em novo encontro, quando lhe apresentaram um extrato, De Bona negou o auxílio por não se tratar de uma conta da Siemens, nem estar em suas atribuições de controller. O gerente-geral disse que acabou aceitando a incumbência após ser pressionado por Romero. Ele relatou ter participado de outra reunião com seu chefe, Lunardelli e o advogado Roberto Justo - este último foi quem abriu a conta em Luxemburgo.
Sobre essa ocasião, a PF anotou, citando De Bona: "Na reunião, recebeu as seguintes instruções de Justo, na presença de Lunardelli e Romero: coletar assinaturas e entregar os documentos sempre pessoalmente ao advogado, que destruísse todo e qualquer documento gerado em relação à conta, e que não deveria contar a existência da conta nem para sua mulher".
O executivo também contou à PF que em 2004, quando o quadro de sócios da empresa que era dona da conta foi alterado e Adilson Primo foi incluído entre eles, o ex-presidente da Siemens lhe entregou, em sua própria sala, cópia de seu passaporte e assinou documentos relativos à conta. Até o dia em que foi demitido pela Siemens, em 2011, Primo negava a auditores da matriz alemã ter ciência da existência da conta.
O executivo contou ainda que Romero lhe disse que a conta existia para despesas do plano de pensão para "expatriados", funcionários alemães que trabalhavam no Brasil.
Versões. O advogado Roberto Justo afirmou, por meio de sua assessoria, que prestou "consultoria institucional para a Siemens do Brasil com foco exclusivo nos tratamentos societário e fiscal de empresas no exterior". "Os documentos de empresas no exterior ficam registrados nos respectivos órgãos, não havendo nenhuma ligação com os fatos mencionados."
O criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Primo, tem reiterado que a investigação vai comprovar a inocência de seu cliente. Em entrevista ao Estado em 24 de agosto, o ex-presidente da Siemens afirmou que apenas rubricou um documento de transferência de titularidade da conta. "Como presidente você assina 500 documentos por dia", disse. Ele sustentou que a conta era operada pela matriz da Siemens na Alemanha.
Os ex-diretores da Siemens no Brasil José Manuel Romero Illana e José Antonio Lunardelli não foram localizados.
A Siemens nega que soubesse da existência da conta e tem dito que colabora com as autoridades.
COLABOROU FAUSTO MACEDO

Nalini conclama servidores e parceiros





 
Sob o título “Caros amigos da família forense”, o desembargador José Renato Nalini, que toma posse nesta quinta-feira (2/1) na presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, divulgou a seguinte mensagem no site do órgão:Nalini por Anizelli
Inicia-se hoje uma nova gestão no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com disposição plena para o trabalho incessante e coragem necessária ao enfrentamento dos desafios postos ao maior Judiciário do Brasil.
A colaboração de todos é imprescindível para cumprimento das metas já estabelecidas e que não podem sofrer solução de continuidade. A Justiça não improvisa, mas mantém a continuidade estratégica resultante do planejamento construído por uma equipe coesa e atenta à função primordial de solucionar os conflitos submetidos à sua apreciação.
Conclamamos o quadro pessoal e os parceiros constantes ou eventuais a trazerem propostas, reclamos, sugestões e alvitres tendentes a conferir maior eficiência à missão de outorgar a prestação jurisdicional a quantos acorrem às nossas unidades judiciais de primeiro e segundo grau.
Estamos à disposição, de forma permanente e aberta, para receber a contribuição de todos, na certeza de que pacificar a sociedade é uma política pública de interesse comum.  Nosso reconhecimento pelas manifestações de confiança de que o Tribunal de Justiça de São Paulo continuará a trilhar a sua trajetória digna das melhores tradições, com renovada esperança nos destinos desta instituição permanente e essencial ao fortalecimento da Democracia Republicana.  
Invocamos a Providência Divina para nos inspirar e acompanhar neste trajeto que ora se inicia sob Seus superiores auspícios.    
São Paulo, 1º de janeiro de 2014.

Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo toma posse afinado com Barbosa

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DAVID LUCENA
DE SÃO PAULO
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O desembargador José Renato Nalini toma posse nesta quinta-feira (2) na presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo com o intuito de fazer um levantamento dos processos de corrupção. Com isso, ele pretende melhorar o aproveitamento da corte paulista na meta estipulada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para combater este tipo de delito.
O TJ-SP atingiu apenas 54% da chamada meta 18, que determinava que todos os processos de improbidade administrativa e de crimes contra a administração pública que entraram na Justiça até dezembro de 2011 deviam ser julgados até 2013.
"[Os processos de improbidade e de crimes contra a administração pública] estão disseminados em primeiro e segundo grau, em 327 comarcas. Então primeiro a gente precisa ter um levantamento. Depois verificar se justificaria dar um tratamento diferenciado, já que é uma meta do CNJ. O enfrentamento é depois de ter uma noção exata de onde estão esses processos", disse o presidente.
O mandato de Nalini, que foi eleito no dia 4 de dezembro para comandar o Judiciário paulista pelos próximos dois anos, representa uma aproximação da corte de São Paulo com o CNJ, conforme destaca o próprio presidente.
"O nosso relacionamento com o CNJ, como corregedor-geral [cargo ocupado por Nalini em 2012 e 2013], foi excelente. Então eu acho que vai continuar assim com a presidência. Basta dizer que a primeira vez que o ministro Joaquim Barbosa veio ao Tribunal de Justiça de São Paulo foi depois da minha eleição. Isso é testemunho de que o conselho e nós vamos estar afinados", afirmou.