sábado, 8 de fevereiro de 2020

George Steiner, na coluna de JP Coutinho

A esquerda, dizia Steiner, não acomoda o trágico; todas as suas ações são postas ao serviço da esperança –somos nós, pelos nossos esforços racionais, que podemos construir o paraíso na Terra. 
A direita, pelo contrário, sabe que a dimensão trágica da vida é inexpugnável. Porque haverá sempre uma margem de contingência que não controlamos –a sorte que não temos, a complexidade do mundo que não abarcamos, os atos imprevistos de terceiros etc– e que podem subverter as nossas melhores intenções. 

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