segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Elio Gaspari, FSP

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No maior golpe de um serviço de inteligência durante a Segunda Guerra Mundial, os ingleses quebraram os códigos alemães valendo-se dos melhores matemáticos do país e de uma equipe que chegou a reunir 10.000 pessoas em Bletchey Park.
Nos anos 70, a Central Intelligence Agency Americana conseguiu quebrar os códigos de mais de uma centena de países com pouco esforço. Brasil, Argentina, Líbia, Irã e até o Vaticano compravam máquinas codificadoras da empresa suíça Crypto. Desde 1970 e por quase 20 anos a CIA foi simplesmente sócia secreta da Crypto e as máquinas estavam grampeadas.
Enquanto os ingleses gastaram milhões de libras para manter sua operação, a CIA ganhou milhões de dólares com a venda dos equipamentos aos países-clientes.
Esse grande golpe acaba de ser revelado pelo repórter Greg Miller, do The Washington Post. O grampo americano funcionou durante 20 anos e nele estava, como sócio, o serviço de inteligência alemão.

Fachada da empresa suíça Crypto AG em Steinhausen.
Fachada da empresa suíça Crypto AG em Steinhausen. - Fabrice Coffrini/AFP
O Brasil entrou na lista das vítimas, mas em 1976 o Serviço Nacional de Informações decidiu criar uma operação de criptografia, recrutando professores, militares e diplomatas. Nessa época, só dez pessoas sabiam da existência do projeto, e os equipamentos comprados no exterior eram trazidos como contrabando diplomático.
Os técnicos brasileiros disseram que as máquinas suíças eram cavalos de Troia e mostraram onde estavam os furos de suas concepções, decifrando mensagens de outros governos. Depois de 1978 as máquinas suíças foram desativadas. Mais tarde, a operação virou uma estatal, a Prólogo, e em 1981 ela tinha 350 funcionários.
Comprovadamente, em 1972 a Marinha brasileira fez uma compra de US$ 250 mil à Crypto. Segundo um documento da CIA de 1977, o Brasil forneceu máquinas do modelo CX52 da Crypto aos governos de Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai metidos na Operação Condor.
No mundo da criptografia há anos desconfiava-se que as máquina suíças estavam envenenadas. Em 1982, durante a Guerra das Malvinas, os militares argentinos suspeitaram que suas máquinas estivessem bichadas e interpelaram a Crypto, mas foram engambelados.
AS SPACETROOPERS
Em 2017, seis jovens do Colégio Santa Teresinha, de São Gonçalo, entraram com a cara e a coragem numa competição internacional da Nasa, a agência espacial americana, destinada a estimular estudantes que projetassem veículos de transporte para outros planetas ou para a Lua. Voltaram com dois prêmios.
Participaram novamente nos anos seguintes e em 2019 conseguiram o sétimo lugar na classificação mundial.
A fundadora do grupo, Rafaela Bastos Costa, que em 2017 cursava o ensino médio, está hoje na Minerva University, nos Estados Unidos. Ingryd Andrade, da equipe de 2018, estuda nanotecnologia na UFRJ e Anna Clara Gonçalves faz o vestibular de Medicina.
Aimée Borges, Beatriz Mata e Rafael Moreira são alunas do ensino médio de Santa Terezinha e estão na equipe dos Spacetroopers Brasil de 2020. Irão em abril para a competição em Huntsville, no Alabama.
Como em todos os anos, esses jovens precisam de ajuda para a viagem. Quem acha que a ideia é boa, pode entrar em contato com a diretora do Colégio Santa Terezinha, Lucia Helena Bastos Vieira de Souza.

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