Também estão em discussão novos modelos para a condução de questões sindicais e de fiscalização
Alexa SalomãoFlavia Lima
SÃO PAULO
A equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaroestuda extinguir o Ministério do Trabalho. Há várias alternativas em avaliação para que a condução dos temas ligados à área do emprego e renda ocorra de forma mais eficiente do que concentrada numa única pasta.
Uma delas é associar a área a algum órgão ligado à Presidência da República.
Entre outras alternativas em discussão está fatiar as diferentes áreas, transferindo, por exemplo, a gestão da concessão de benefícios para órgãos ligados ao campo social e a gestão da política de trabalho e renda para o novo Ministério da Economia ou para um órgão dedicado às questões de produtividade, um dos temas considerados prioritários na equipe do futuro ministro Paulo Guedes.
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Também está em discussão novos modelos para a condução de questões sindicais e de fiscalização. A proposta feita pelos empresáriosde unir Trabalho com o Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) não está em discussão.
A possibilidade do status de ministério já teria entrado no radar de integrantes do atual governo que são contrários à medida.
O Ministério do Trabalho soltou uma nota no final da manhã desta terça-feira (6) destacando que foi "criado com o espírito revolucionário de harmonizar as relações entre capital e trabalho em favor do progresso do Brasil", que completa 88 anos no 26 de novembro "e se mantém desde sempre como a casa materna dos maiores anseios da classe trabalhadora e do empresariado moderno, que, unidos, buscam o melhor para todos os brasileiros.”
O texto também destaca que “o futuro do trabalho e suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente institucional adequado para a sua compatibilização produtiva, e o Ministério do Trabalho, que recebeu profundas melhorias nos últimos meses, é seguramente capaz de coordenar as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela Nação Brasileira, na efetivação do comando constitucional de buscar o pleno emprego e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros".
Procurada para comentar o conteúdo, a assessoria de imprensa não quis se pronunciar.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, afirmou que a proposta de acabar com o Ministério do Trabalho é nefasta.
"Queremos o Ministério do Trabalho como um bom instrumento que possa alavancar ações relevantes para o mundo do trabalho com medidas progressistas que melhorem as relações entre governo, empresariado e trabalhadores, e dar um novo alento ao setor produtivo nacional", disse.
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