segunda-feira, 12 de julho de 2021

Impeachment pela direita, Catarina Rochamonte, FSP

 O ataque de militantes do PCO a militantes do PSDB na manifestação do dia 3 de julho, na avenida Paulista, assim como a ocorrência de atos de vandalismo, impuseram uma inflexão na campanha de impeachment ora em curso, levando movimentos e partidos mais à direita, como MBL, Vem pra Rua e Novo, a convocarem uma grande manifestação "Fora Bolsonaro", sem a esquerda, para o dia 12 de setembro.

A luta pelo impeachment não é monopólio da esquerda, mas imperativo moral da nação. Os que a querem restringir a um único campo ideológico traem, com tal atitude, sua falta de espírito democrático. Aliás, tal pretensão monopolista pode ser tentativa de sabotagem do impeachment: na Presidência, um Bolsonaro maximamente desgastado impulsiona a candidatura de Lula; da mesma forma, o favoritismo de Lula na disputa eleitoral entrega a Bolsonaro o antipetismo como trunfo. São dois tipos de populismo em simbiose que se retroalimentam enquanto parasitam o Brasil.

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Mas o campo liberal e conservador ainda está divido. Compreende-se (embora reprove-se) que burocratas e políticos que se aboletaram no poder, empresários que asseguraram privilégios e formadores de opinião que passaram a receber generosas verbas do governo tergiversem em relação à defesa do impeachment. Mas há também, nesse espectro ideológico, os bem intencionados que resguardam em um ponto cego de algum desvão do cérebro a ideia de que Bolsonaro seja o último baluarte da liberdade contra a ameaça comunista; apegados a essa fantasia, fazem vista grossa para tudo, desde as rachadinhas da família às monumentais traficâncias no âmbito do Ministério da Saúde.

Embora forçada pela intolerância de parte da esquerda, talvez não seja má a estratégia de forças ideologicamente divergentes marcharem pelo impeachment separadamente. Quem sabe mais tarde os setores civilizados da direita e da esquerda se unifiquem em benefício da vida e da democracia.

Bilionário Richard Branson vai ao espaço em foguete da sua empresa Virgin Galactic; voo durou cerca de 20 minutos, G1

 O bilionário Richard Branson, fundador do grupo Virgin, decolou na manhã deste domingo (11) do Novo México, nos Estados Unidos, a bordo do foguete VSS Unity, da sua própria empresa de astro-turismo Virgin Galactic Holding Inc, para um breve voo espacial. O lançamento ocorreu às 12h25 (horário de Brasília) e o pouso, às 12h41.

A viagem contou com dois pilotos e quatro "especialistas da missão", com Branson sendo um dos passageiros. O breve voo suborbital terminou onde começou, em uma pista do Spaceport America - o primeiro espaçoporto projetado para fins comerciais, construído em 2011, também pelo empresário.

Já em terra, Branson descreveu a experiência à imprensa: "Eu era uma criança com um sonho, olhando para as estrelas, e agora sou um adulto em uma nave espacial olhando para trás, para nossa bela terra. Para a próxima geração de sonhadores, se pudermos fazer isso, imagine o que você pode fazer."

"Conforme você vai para o espaço, as vistas são de tirar o fôlego. Quero dizer, não há dúvida de que temos muita sorte de ter este planeta em que vivemos", declarou.

O bilionário também fez publicou após o voo. "Sonhei com este momento desde criança, mas ir ao espaço é ainda mais mágico do que eu poderia imaginar”, afirmou. “É impossível descrever como você se sente ao olhar para a Terra lá embaixo, é apenas uma beleza indescritível.”

Bilionário Richard Branson viaja ao espaço com foguete da própria empresa; assista ao momento
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Bilionário Richard Branson viaja ao espaço com foguete da própria empresa; assista ao momento

Foto mostra momento em que Richard Branson flutua na gravidade zero dentro do foguete — Foto: Virgin Galactic/Handout via Reuters

Foto mostra momento em que Richard Branson flutua na gravidade zero dentro do foguete — Foto: Virgin Galactic/Handout via Reuters

A Virgin Galactic não usou um foguete clássico para lançar sua nave. Foi utilizado um avião que decolou de uma pista e depois soltou, na altitude, a nave espacial que estava acoplada. Ao chegar no espaço, a nave ligou seus motores e depois desceu planando. Todo o percurso durou menos de 20 minutos.

Este é o primeiro teste de voo da Virgin Galactic com uma tripulação completa.

Com a aventura, Branson conseguirá agora avaliar com este voo teste qual será a experiência de seus futuros clientes. A Virgin Galactic pretende iniciar viagens para turistas em 2022. Até o momento, cerca de 600 pessoas compraram passagens que variam de US$ 200 mil a US$ 250 mil.