quinta-feira, 5 de julho de 2018

Alvo de disputa em SP, cancela em pedágio não tem padrão no exterior, FSP (pauta)

Barreiras são comuns na França e Argentina, mas não nos EUA e em Portugal

SÃO PAULO
Alvo de disputa judicial no estado de São Paulo, a presença de cancelas em praças de pedágio eletrônico não é consenso pelo mundo.
Assim como os modelos de cobrança dos motoristas, as regras para a implantação de bloqueios são variadas: países como EUA e Portugal costumam dispensar barreiras físicas, enquanto na França e na Argentina elas são comuns.

Esse tema virou alvo de embate em São Paulo após lei aprovada na Assembleia Legislativa prever retirar cancelas dos pedágios eletrônicos.
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Ela foi vetada pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB), para quem a norma era inconstitucional. O veto, porém, foi derrubado em junho pelos deputados estaduais, e as concessionárias tiveram que retirar os bloqueios.
A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) foi à Justiça alegando que houve aumento de velocidade nas praças sem cancelas, agravando os riscos à vida de funcionários e pessoas que circulam pelos locais.
Tribunal de Justiça atendeu ao pedido, em caráter liminar (provisório), no dia 22, e as cancelas retornaram aos postos nas rodovias paulistas.
Para defender a presença ou retirada das barreiras físicas, ambos os lados afirmam que visam reduzir acidentes. Quem propõe a exclusão das cancelas afirma que elas induzem a freadas bruscas. Quem é a favor de mantê-las destaca que elas são um fator inibidor do excesso de velocidade.
Em 2017, houve 824 acidentes em praças de pedágio nas rodovias estaduais paulistas, pouco mais de dois por dia, segundo a Artesp (agência paulista que regula concessões). Metade ocorreu nas praças automáticas, por onde passam 57% dos veículos.
Em 2018, até maio, houve 303 acidentes, sendo 152 em cabines manuais e 151 nas pistas de pedágio eletrônico.
Além da discussão sobre acidentes, as concessionárias temem que, sem cancelas, aumente a quantidade de carros que passam sem pagar.
O DER (departamento de estradas paulista) diz que, em 2017, foram aplicadas 282 mil multas por evasão de pedágio nas rodovias paulistas. A infração é considerada grave, com multa de R$ 195,23, e perda de cinco pontos na carteira.
Entre os lugares do mundo que dispensam as cancelas nos pedágios estão a Flórida (EUA), onde as barreiras físicas não existem tanto em caso de cobrança eletrônica a partir de tags como de pagamento feito no local, por vezes cobrado por máquinas.
Ou seja, não há bloqueios que impeçam a evasão de um turista desavisado que vai visitar os parques de Orlando. A infração, no entanto, será cobrada depois: câmeras capturam a placa e cobrarão a multa no endereço do veículo.
Já em Portugal, que tem diferentes modelos, nas cabines há faixas que levam à cobrança no local (com cancela), segregadas das com cobrança automática, sem bloqueios —sinalizadas com a placa "Reservada a Aderentes" da tag eletrônica Via Verde.
Na França, mesmo quem tem pagamento eletrônico encontra cancelas em algumas rodovias expressas e precisa rodar em baixa velocidade até que a barreira suba, como nas rodovias brasileiras.
Por lá, é comum a cobrança por trecho circulado. Quando um motorista entra em uma pista expressa, para em uma cabine e pega um tíquete. Quando sai da rodovia, coloca esse tíquete em uma máquina que vai calcular a tarifa que se deverá ser paga.
O sistema também existe em rodovias de São Paulo, em caráter experimental, chamado de ponto a ponto. Neste caso, no entanto, sem cancelas. Nas rodovias SP-332, SP-340, SP-360, SP-75 e SP-333, portais detectam a passagem de carros com tags eletrônicas e calculam quanto se deve pagar.
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Praça de pedágio em rodovia no estado americano da Flórida - Busá Photography/Getty Images
 
Na Argentina, que usa as cancelas, motoristas também podem passar sem pagar. Não por evasão, entretanto. Os contratos de concessão de rodovias estabelecem que as concessionárias devem liberar a passagem quando há longas filas. Em geral, a espera máxima vai de três e cinco minutos, a depender da rodovia.
Embora pouco conhecida e pouco aplicada, a previsão também existe no Brasil e varia de acordo com as estradas e os contratos de concessão.
Na Régis Bittencourt e na Fernão Dias, por exemplo, há um limite da fila de 300 metros ou 10 minutos de espera para que a concessionária seja obrigada a liberar a passagem sem cobrar pedágio.  Na Dutra, esse limite é de 450 metros no caso de um haver um tráfego inferior a 1.080 veículos por hora.

O VAIVÉM DAS CANCELAS NOS PEDÁGIOS

2015 Lei que prevê retirada de cancelas em pistas de cobrança automática nos pedágios é aprovada na Alesp
2016 Então governador, Geraldo Alckmin veta a lei
6.jun.2018 Alesp derruba o veto de Alckmin
19.jun.2018 Cancelas são retiradas das praças de pedágio
22.jun.2018 Em liminar, Justiça determina o retorno das cancelas
23.jun.2018 Cancelas são reinstaladas nos pedágios

ACIDENTES EM RODOVIAS PAULISTAS PEDAGIADAS

824 acidentes foram registrados em praças de pedágio em 2017
51% deles ocorreram nas praças automáticas
57% dos veículos utilizaram a cobrança eletrônica
898 mi de veículos passaram pelas praças de pedágio
282 mil multas por evasão de pedágio foram aplicadas
R$ 195 é o valor da multa 
Fonte: Artesp e DER. Dados relativos a 2017

Rodrigo Maia instala a CPI de Barcarena, OESP

Juliana Braga
04 Julho 2018 | 17h54
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Foto: Dida Sampaio
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, leu em plenário nesta terça-feira, 3, a autorização para criação da CPI destinada a investigar o vazamento das bacias de rejeitos de mineração no município de Barcarena (PA).
Com a leitura, agora cabe aos partidos indicar os 35 participantes e igual número de suplentes.
A comissão, instalada a partir de um requerimento dos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), terá validade de 120 dias.
Em fevereiro, a empresa Hydro foi autuada pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal pelo vazamento de rejeitos em lagos e igarapés do município. Laudo, contestado pela empresa, apontou elementos tóxicos na água superiores aos limites estabelecidos por lei.
Com essa, são três CPI’s instaladas na Câmara no momento, restando espaço para outras duas. A da Lava Jato, que pretende apurar suspeitas de que escritórios de advocacia direcionam depoimentos de delatores, é uma das que estão na fila. (Juliana Braga)

Bree deixa Araraquara e vai para Quatro Barras- PR


Fonte: Agência de Notícias do Paraná - 03.07.2018

Arnaldo Alves/ANPr
Paraná - A empresa Bree Eficiência Energética confirmou instalação de uma nova fábrica de máquinas e equipamentos para o setor de energia, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. O protocolo de intenções para a inclusão da empresa no programa Paraná Competitivo foi assinado pela governadora Cida Borghetti, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Virgílio Moreira Filho, e pelo diretor-presidente da Bree, Rafael Wolf Campos, nesta terça-feira (3), no Palácio Iguaçu.

A Bree já opera em Quatro Barras com unidade de outro segmento do setor energético. A fábrica de máquinas e equipamentos hoje está instalada em Araraquara, no interior de São Paulo. A transferência para Quatro Barras está prevista para os meses de julho e agosto, quando já inicia a operação. O investimento inicial é de R$ 14 milhões e a empresa prevê investir entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões nos próximos três anos. A previsão da Bree é empregar cerca de 100 pessoas, sendo que a maioria já está sendo contratada.

Cida Borghetti ressaltou o bom momento do Paraná, que oferece incentivo e segurança jurídica para a implantação de novos negócios, em todas as regiões. "O Paraná se consolidou como ambiente favorável para investimentos produtivos, tanto em novas empresas como em expansão de empreendimentos já existentes”, disse a governadora. “Isso é muito positivo e beneficia diretamente a população, pois ajuda a impulsionar o desenvolvimento e gerar emprego e renda para os paranaenses”, afirmou.

O diretor-presidente da Bree, Rafael Wolf Campos, explicou que a decisão pela transferência foi tomada no final de 2017. As tratativas com o Governo do Estado para inclusão no Paraná Competitivo começaram no início deste ano. “Estamos buscando maior competitividade para concorrer com as multinacionais e o Paraná oferece esse diferencial”, afirmou. “Temos grandes players no Sul do Brasil que trabalham com eficiência energética e o Paraná está mais próximo desses clientes”, explicou Campos.

TECNOLOGIA – A planta de Quatro Barras vai produzir e comercializar máquinas e equipamentos para o segmento de energia, principalmente na fabricação de capacitores, reatores e chaves seccionadoras de alta, média e baixa tensão. Os produtos são comercializados no Brasil e também no exterior.

De acordo com o secretário Virgílio Moreira Filho, a escolha de Quatro Barras para sediar a empresa demonstra a vocação da região para o setor de tecnologia. Ele também destacou o papel do Governo do Estado na atração de investimentos. “O Paraná é um polo de desenvolvimento econômico do Brasil e traz agora mais um empreendimento, graças ao incentivo fiscal que permite que as empresas tenham competitividade”, disse Moreira Filho.

A prefeita de Quatro Barras, Ângelo Andreatta, explicou que a prefeitura está oferecendo cursos, com o apoio do estado e do Senai, para qualificar a mão de obra local. “Contratamos alguns cursos técnicos profissionalizantes para capacitar nossos moradores em diferentes áreas. Hoje, são cerca de 200 pessoas passando por capacitação”, informou.

“Com a situação econômica do país, ter novos investimentos se instalando no município é gratificante. O apoio que o estado dá às empresas permite a geração de empregos e o aumento da renda, sendo um diferencial para os municípios”, afirmou.