sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Secretário de Alckmin exalta apuração de esquema e irrita aliados de Capez, FSP


Reprodução/Facebook/Alexandre de Moraes
Post no Facebook do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, sobre a Operação Alba Branca
Post no Facebook do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, sobre a Alba Branca
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A mensagem publicada na noite de domingo (24) pelo secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, em seu perfil no Facebook, parabenizando a Polícia Civil pela Operação Alba Branca irritou o entorno do presidente da Assembleia paulista, Fernando Capez (PSDB). Investigados ligam o deputado estadual ao suposto esquema de corrupçãona compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar da rede paulista de ensino.
"Amigos, dizem que a corrupção é um crime sem rosto, entretanto, o trabalho da Polícia Civil durante a operação 'Alba Branca' vem revelando alguns destes corruptos", escreveu Alexandre de Moraes.
O post, que estava no ar até a noite desta terça-feira (26), foi apagado da linha do tempo do secretário.
Embora o secretário de Segurança rechace, a quem insinua, o ingrediente político, a avaliação no Palácio dos Bandeirantes é que a publicação da mensagem foi desnecessária e abriu espaço para que a especulação de fogo amigo ganhasse corpo dentro e fora do PSDB.
Pessoas próximas a Fernando Capez já haviam dito que o envolvimento do nome do deputado na Alba Branca teria aspecto político e a mensagem na rede social deu ainda mais força a esta especulação. O presidente da Assembleia paulista e o secretário de Segurança Pública de São Paulo são potenciais candidatos em 2018 à sucessão de Geraldo Alckmin no governo paulista.
Capez, que chegou a ser apontado como possível pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, teria aberto mão de entrar na disputa municipal com vistas a 2018 –quando o partido, segundo disse a interlocutores, estaria menos rachado.
A recém-filiação de Moraes ao PSDB, no entanto, mudou o cenário. Com a simpatia do governador, o secretário de Segurança Pública passou a ser uma ameaça ao planos de Capez para o Executivo paulista.
A avaliação no Bandeirantes é que foi um erro o presidente do partido em São Paulo, deputado Pedro Tobias, e o líder tucano na Assembleia, Carlão Pignarati, divulgarem uma nota rechaçando as acusações contra o presidente do Legislativo paulista. O entendimento é que, com a nota, a operação ganhou caráter político e jogou as acusações no colo de Capez.
ATUAÇÃO NO MINISTÉRIO PÚBLICO
Alexandre de Moraes e Fernando Capez atuaram juntos no Ministério Público de São Paulo. Capez ganhou notoriedade no embate com as torcidas organizadas. Ele foi o responsável por pedir a extinção da Mancha Verde e da Independente, organizadas do Palmeiras e do São Paulo, em 1995.
Após a partida em que os dois times disputaram a final da Supercopa São Paulo de Juniores, no Pacaembu, um confronto entre as torcidas acabou com a morte de um torcedor.
Na gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo, Alexandre de Moraes ganhou o status de "supersecretário", quando acumulava o cargo de secretário de Transportes e Serviços, além da presidência do Serviço Funerário Municipal, da SPTrans e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Navegação na hidrovia Tietê-Paraná é reativada, Portal SP


Trecho que estava com navegação interrompida desde maio de 2014 é reaberto para a passagem de embarcações
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    Retomada da navegação representa a geração de empregos e contribui para a redução de custos das produções
    Retomada da navegação representa a geração de empregos e contribui para a redução de custos das produções
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    Trecho que estava com navegação interrompida desde maio de 2014
    Trecho que estava com navegação interrompida desde maio de 2014
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    Hidrovia beneficia diretamente os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná
    Hidrovia beneficia diretamente os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná
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    Governador durante reabertura da hidrovia
    Governador durante reabertura da hidrovia
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    Hidrovia oferece vantagens logísticas ao contribuir para reduzir o tráfego nas estradas
    Hidrovia oferece vantagens logísticas ao contribuir para reduzir o tráfego nas estradas
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    A navegação no trecho será reativada com o calado de 2,80 metros
    A navegação no trecho será reativada com o calado de 2,80 metros
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    A Hidrovia Tietê-Paraná ocupa importante papel no escoamento de cargas, além de ser um dos principais corredores de exportação do país
    A Hidrovia Tietê-Paraná ocupa importante papel no escoamento de cargas, além de ser um dos principais corredores de exportação do país
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     De acordo com o governador, reabertura da hidrovia é fundamental para o país e para o desenvolvimento brasileiro
    De acordo com o governador, reabertura da hidrovia é fundamental para o país e para o desenvolvimento brasileiro
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    O ponto estava interrompido em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira
    O ponto estava interrompido em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira
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     Governador durante discurso de reabertura
    Governador durante discurso de reabertura
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    Governador em passeio durante retomada das navegações
    Governador em passeio durante retomada das navegações
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    O Governo do Estado de São Paulo gerenciou as águas dos reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba
    O Governo do Estado de São Paulo gerenciou as águas dos reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba
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    O Departamento Hidroviário reabriu a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro deste ano
    O Departamento Hidroviário reabriu a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro deste ano
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    Governador durante coletiva de reabertura de hidrovia
    Governador durante coletiva de reabertura de hidrovia
A navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava, está reativada. A retomada das navegações aconteceu nesta quarta-feira (27) com a presença do governador Geraldo Alckmin. A hidrovia beneficia diretamente os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.

A retomada da navegação representa a geração de empregos e contribui para a redução de custos das produções, já que esse tipo de transporte apresenta custos operacionais inferiores a outros modais. Além disso, a hidrovia oferece vantagens logísticas ao contribuir para reduzir o tráfego nas estradas.

"Hoje ė um dia histórico, a mais importante hidrovia brasileira do ponto de vista econômico, que liga os maiores centros produtores do agronegócio. Esta reabertura ė fundamental para o nosso país, em termos de competitividade, de redução de custo e de logística", explicou o governador ao reativar a navegação na cidade de Buritama.

Interrupção
O ponto estava interrompido para a passagem de embarcações desde maio de 2014, em decorrência do baixo nível dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira. A navegação no trecho será reativada com o calado de 2,80 metros, estabelecido pelo Departamento Hidroviário a partir da manutenção da cota dos reservatórios definida em 325,94 metros pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão federal responsável pelo setor energético.

O Governo do Estado de São Paulo, por meio das secretarias de Energia e de Logística e Transportes, junto ao Operador Nacional do Sistema, gerenciou as águas dos reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba, possibilitando, assim, o nível de armazenamento necessário para restabelecer a navegação.

A partir disso, em agosto do ano passado, foram iniciadas as operações para transferência de água dos reservatórios localizados à montante de Três Irmãos e Ilha Solteira. O cenário de chuvas registrado nas últimas semanas também contribuiu para o aumento dos níveis. Com isso, o Departamento Hidroviário reabre a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro deste ano.

LogísticaA Hidrovia Tietê-Paraná ocupa importante papel no escoamento de cargas, além de ser um dos principais corredores de exportação do país. De 2006 a 2013, a quantidade de cargas aumentou de cerca de 3,9 milhões de toneladas para 6,3 milhões de toneladas.

Alguns dos principais produtos transportados são: milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo. Com a reativação da passagem de cargas de longo percurso, a projeção de movimentação na hidrovia, em 2016, é superar o montante de 6,3 milhões de toneladas de cargas registrado em 2013. Para o ano de 2017, a expectativa é de que essa quantidade suba para 7 milhões de toneladas.

Do Portal do Governo do Estado
Destaques do dia

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Pesquisadores desenvolvem sensor de baixo custo para medir poluição em rios urbanos, Agência Fapesp

Diego Freire | Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, desenvolveram um protótipo de sensor, que pode ser conectado à internet, capaz de medir o nível de turbidez da água de rios, enviando as informações em tempo real para centrais de controle.
A tecnologia pode ser utilizada para prover um indicativo de poluição, bem como ajudar na identificação de rios com maiores chances de sofrer assoreamento causado pelo acúmulo de dejetos no leito após enchentes. O sensor pode também auxiliar na avaliação da possibilidade de reúso da água, entre outros fins.
“São diversas as aplicações que têm em comum o conceito de Sensor Web, cuja ideia central é tornar uma rede de sensores sem fio acessível via internet, permitindo que usuários leiam os dados monitorados remotamente e também direcionem sua captação, alterando a posição do equipamento, por exemplo, entre outros manejos a distância, remotamente. Buscamos produzir um protótipo eficiente e de baixo custo frente aos diversos sensores já existentes no mercado internacional, chegando a ficar 100 vezes mais em conta que os importados”, explica Jó Ueyama, coordenador do projeto e responsável pela pesquisa Explorando a abordagem sensor web e o sensoriamento participatório no monitoramento de rios urbanos, realizada com o apoio da FAPESP.
O trabalho com o protótipo é resultado do projeto de iniciação científica de Alexandre Colombo, graduado em Engenharia Elétrica pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, e de Pedro Henrique Fini, aluno do curso de Engenharia de Computação, oferecido conjuntamente pelo ICMC e pela EESC.
Orientado por Ueyama, o projeto é uma extensão do sistema e-NOE, que começou a ser desenvolvido pelo pesquisador em 2010 também com o apoio da FAPESP com o objetivo de monitorar enchentes em rios urbanos (leia mais em agencia.fapesp.br/12355). O novo sensor de turbidez será incorporado ao sistema, que já possui um outro dispositivo capaz de medir a pressão da água do rio.
O sistema e-NOE contava com um sensor semelhante, mas que funcionava por meio da medição do grau de condutividade elétrica na água monitorada. O equipamento construído pelo grupo apresentou um alto grau de corrosão e, em virtude disso, foi descartado.
“A grande vantagem do novo sensor é a facilidade com que ele pode ser construído, pois os componentes utilizados são mais baratos e podem ser facilmente adquiridos, proporcionando uma tecnologia nacional para monitorar nossos rios”, destacou Ueyama.
Tubos de PVC
O protótipo do novo sensor foi construído com tubos de PVC reforçados, um emissor infravermelho, um receptor, cabos coaxiais para comunicação e uma placa Arduino, plataforma de prototipagem eletrônica que possibilita o desenvolvimento desse sistema. A placa processa os dados obtidos e os envia para a estação de controle usando uma tecnologia de rede sem fio chamado ZigBee. Tal tecnologia envolve baixo consumo de energia e pode transmitir a até um 1 km de distância, provendo uma menor largura de banda em relação ao wi-fi.
O equipamento para medir a turbidez possui duas extremidades, uma com o emissor infravermelho e outra com o receptor. O fluxo de água do rio passa pelo interior do cano, entre os dois sensores, e, quanto mais turva a água, menor será a incidência de luz infravermelha no receptor. A partir dessa fração de luz recebida, o sensor é capaz de estipular o nível de turbidez do rio, avaliando sua transparência.
De acordo com Ueyama, o protótipo já passou pela fase de testes e se mostrou eficiente. Entretanto, o pesquisador explica que “ainda é preciso aprimorar a calibragem do sensor para aumentar a precisão do turbidímetro, aparelho que mede a turbidez de um líquido”.
O trabalho Usando redes de sensores sem fio para monitorar a poluição de rios urbanos, de Colombo e Fini, com orientação de Ueyama, foi o vencedor da edição de 2015 do Prêmio Jequitibá de Relevância em Pesquisa Ambiental, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo para estimular a produção de alunos de graduação e de cursos técnicos em busca de soluções inovadoras para a conservação e a preservação ambiental.