Mato Grosso responde por 25% da produção do agronegócio nacional, Goiás por 9,0% e Mato Grosso do Sul por 7,0%
10 de outubro de 2013 | 16h 58
Danielle Villela e Thiago Mattos, de O Estado de S.Paulo
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SÃO PAULO - Com 9,3% de participação no PIB nacional, o Centro-Oeste aparece à frente de todas as demais regiões quando o assunto é o agronegócio. Os Estados do Centro-Oeste foram detentores do maior volume de produção e da maior área de cultivo na última safra recorde de grãos de 2012/2013.
Foram 20,6 mil hectares cultivados, resultado em 77,6 milhões de toneladas de produtos, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa 38,6% da área cultivada e 41% do total produzido pelo agronegócio no Brasil. "Se não fosse o crescimento do agronegócio, nem ‘pibinho’ nós teríamos. É o que está segurando a economia brasileira", afirma Marcelo Dourado, superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
Oitavo PIB entre os Estados brasileiros, o Mato Grosso responde sozinho por quase 25% da produção nacional. Já Goiás e Mato Grosso do Sul contribuem com 9% e 7%. O Distrito Federal acrescenta ainda 0,4% dos produtos.
Oitavo PIB entre os Estados brasileiros, o Mato Grosso responde sozinho por quase 25% da produção nacional. Já Goiás e Mato Grosso do Sul contribuem com 9% e 7%. O Distrito Federal acrescenta ainda 0,4% dos produtos.
"Com uma base agropecuária se modernizando e custos de produção competitivos devido à ampla produção de grãos, grandes empresas dos setores agroindustriais foram para essas unidades da federação com o objetivo de aproveitar o potencial de matérias-primas ofertadas", diz Murilo Pires, técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O avanço se dá especialmente nos setores relacionados à soja, leite e carnes. "Observam-se transformações importantes na estrutura de produção e geração de emprego, em particular, nos municípios que estão diretamente relacionados com a cultura da soja", completa.
Memória. Nem sempre foi assim. Na série iniciada pela Conab em 1976, a Região Sul aparece na liderança em área cultivada e produção agrícola no País até 2011, quando foi ultrapassada pelo Centro-Oeste.
"A estratégia adotada pelo governo federal de incrementar a participação da produção agropecuária e da indústria extrativa na pauta de exportações brasileiras tem contribuído significativamente para incrementar o dinamismo econômico do Centro-Oeste", diz Pires.
Entre 2002 e 2010, o PIB da região quase triplicou, passando de R$ 129,6 milhões para R$ 350,5 milhões. A expansão de 170% na economia do Centro-Oeste só não foi maior do que o registrado no Norte do Brasil (190%), segundo as Contas Regionais 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Social. A pujança do agronegócio e da economia do Centro-Oeste se reflete também nos indicadores sociais do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entre 1991 e 2010, os quatro Estados da região registraram crescimento médio de 49% no IDH e avançaram no ranking nacional. Apenas o Mato Grosso do Sul caiu da 8ª colocação para a 10ª, enquanto o Distrito Federal manteve a liderança, seguido por Goiás (8.ª) e Mato Grosso (11º).
Levantamento do Ipea, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), observou que os municípios produtores de soja, além de obterem IDH superior aos não produtores, apresentaram crescimento relativo maior entre 1991 e 2010.
O avanço se dá especialmente nos setores relacionados à soja, leite e carnes. "Observam-se transformações importantes na estrutura de produção e geração de emprego, em particular, nos municípios que estão diretamente relacionados com a cultura da soja", completa.
Memória. Nem sempre foi assim. Na série iniciada pela Conab em 1976, a Região Sul aparece na liderança em área cultivada e produção agrícola no País até 2011, quando foi ultrapassada pelo Centro-Oeste.
"A estratégia adotada pelo governo federal de incrementar a participação da produção agropecuária e da indústria extrativa na pauta de exportações brasileiras tem contribuído significativamente para incrementar o dinamismo econômico do Centro-Oeste", diz Pires.
Entre 2002 e 2010, o PIB da região quase triplicou, passando de R$ 129,6 milhões para R$ 350,5 milhões. A expansão de 170% na economia do Centro-Oeste só não foi maior do que o registrado no Norte do Brasil (190%), segundo as Contas Regionais 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Social. A pujança do agronegócio e da economia do Centro-Oeste se reflete também nos indicadores sociais do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entre 1991 e 2010, os quatro Estados da região registraram crescimento médio de 49% no IDH e avançaram no ranking nacional. Apenas o Mato Grosso do Sul caiu da 8ª colocação para a 10ª, enquanto o Distrito Federal manteve a liderança, seguido por Goiás (8.ª) e Mato Grosso (11º).
Levantamento do Ipea, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), observou que os municípios produtores de soja, além de obterem IDH superior aos não produtores, apresentaram crescimento relativo maior entre 1991 e 2010.