segunda-feira, 14 de julho de 2025

Bibi Bailas - Materiais vivos: quando a ciência une vida e tecnologia., FSP

 Você sabia que os materiais que usamos todos os dias, como plástico, vidro e metal, são chamados de materiais inertes? Isso porque eles não mudam sozinhos depois de serem feitos. Agora, imagine materiais que conseguem agir como seres vivos: eles podem crescer, se consertar sozinhos e até responder ao ambiente ao redor. Esses são os chamados materiais vivos.

Os materiais vivos são feitos com organismos pequenos, como bactérias, fungos e células, que vivem dentro deles. Por exemplo, cientistas conseguem usar células para construir uma espécie de estrutura que ajuda o material a ser mais resistente e inteligente. Isso significa que o material pode se adaptar, crescer ou até se reparar sozinho se for danificado.

A imagem mostra duas mãos azuis, usando luvas, segurando duas placas de Petri. A placa à esquerda contém uma representação de plantas e cactos em um fundo rosa, enquanto a placa à direita apresenta uma mistura de cores e formas que lembram culturas microbiológicas em um fundo colorido. O fundo da imagem é de uma cor laranja sólida.
Bactérias são um exemplo de material vivo - Valentina Fraiz/Instituto Serrapilheira

Essa ideia de criar materiais inspirados na natureza se chama bioinspiração. Os cientistas observam plantas, animais e outros seres vivos para aprender como eles resolvem problemas. Um exemplo famoso é o velcro, que foi inventado porque o criador percebeu que as sementes de uma planta chamada bardana grudavam nas roupas e no pelo do cachorro dele. A partir disso, ele criou um sistema de fechamento parecido, que hoje usamos em roupas, sapatos e muito mais.

Outro exemplo são as turbinas que geram energia com o vento. Algumas são feitas para se dobrar e se mover de forma parecida com as folhas das plantas. Isso ajuda a turbina a funcionar melhor e durar mais tempo.

Com as novas tecnologias, como a impressão 3D, os cientistas conseguem fabricar materiais com formas muito complexas, parecidas com as estruturas naturais que encontramos no mar ou nas plantas. Por exemplo, a madrepérola, que é aquela parte brilhante dentro das conchas, é muito resistente e leve ao mesmo tempo. Inspirados nela, os pesquisadores criam materiais que têm essas mesmas características para usar em construções e aparelhos.

No campo da medicina, os materiais vivos estão ajudando a criar implantes e próteses melhores. Como eles são feitos com células vivas, eles podem se integrar ao corpo e ajudar a reparar tecidos, o que melhora a recuperação das pessoas.

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Por fim, esses materiais vivos nos fazem pensar sobre o que significa estar vivo. Eles são diferentes do que estamos acostumados, pois misturam partes vivas com partes feitas pelo homem. Por isso, cientistas e filósofos estão discutindo como usar essas tecnologias de forma responsável.

Estes avanços mostram que, ao aprender com a natureza, podemos criar soluções mais inteligentes e sustentáveis para o futuro.


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