quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Governo central tem déficit primário de R$ 39,4 bi em novembro, pior que o esperado, FSP

 

BRASÍLIA | REUTERS

O governo central registrou déficit primário de R$ 39,389 bilhões em novembro, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27), diante de uma aceleração nas despesas acompanhada de perdas na arrecadação de tributos ligados ao desempenho das empresas.

O resultado do governo central, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado pior que o saldo negativo de R$ 35,5 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

Em valores corrigidos pela inflação, o dado de novembro foi o segundo pior para o mês da série histórica do Tesouro iniciada em 1997, melhor apenas que o rombo de R$ 54,415 bilhões registrado em novembro de 2016.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Gabriela Biló - 22.dez.2023/Folhapress

No mês, as despesas totais do governo cresceram 20,0% acima da inflação na comparação com mesmo mês de 2022, ritmo bem mais forte do que a alta de 4,2% observada na receita líquida, que desconta as transferências a estados e municípios.

As receitas do governo foram impactadas negativamente por recuos na arrecadação do Imposto de Renda, que caiu R$ 3,7 bilhões em relação a novembro de 2022, e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), uma baixa de R$ 2,8 bilhões.

Do lado das despesas, o destaque ficou com um aumento de R$ 11,3 bilhões de reais em apoio financeiro a estados e municípios, além de R$ 9,8 bilhões relacionados ao aumento do custo do programa Bolsa Família.

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No acumulado dos primeiros onze meses do ano, as contas federais registraram déficit de R$ 114,631 bilhões, ante um superávit de R$ 49,658 bilhões no mesmo período de 2022.

Em 12 meses até novembro, o saldo fiscal ficou negativo em R$ 109,7 bilhões. Em dados corrigidos pela inflação, o déficit corresponde a 1,05% do PIB.

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