terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Prefeitura e Ministério Público de São Paulo anunciam R$ 51 milhões para o parque do Rio Bexiga, FSP

 

Ministério Público de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo anunciaram, nesta terça (19), a destinação de R$ 51 milhões para a implantação do Parque do Rio Bexiga, na região central de São Paulo.

A verba é proveniente de um acordo com a Uninove e será usada de forma prioritária para a aquisição ou desapropriação do terreno de 11 mil metros quadrados situado entre as ruas Jaceguai, Abolição, Japurá e Santo Amaro, no bairro do Bexiga.

Imagem em branco e preto de prédios de São Paulo, com um desenho colorido ao centro, no qual há áreas verdes, um rio, arquibancada acompanhando a inclinação do terreno e árvores no entorno
Croqui mostra estudo preliminar para o Parque do Rio Bixiga, em terreno que pertence a Silvio Santos e é alvo de disputa - Divulgação

A implantação do parque era um sonho do diretor Zé Celso, fundador do Teatro Oficina que morreu em julho deste ano. Por mais de 40 anos, ele travou uma briga com o apresentador Silvio Santos, que é dono do terreno e quer construir no local três prédios de uso comercial e residencial.

Com o apoio de intelectuais, artistas e políticos, o empreendimento imobiliário do dono do SBT foi barrado na Justiça e em órgãos de preservação do patrimônio. Entidades da sociedade civil, como a Appit (Associação do Proprietários e Protetores de Imóveis Tombados) e a Samorcc (Sociedade de Amigos e Moradores do Cerqueira César) também encamparam a luta pela instalação do parque.

"Esse é o presente de Natal para a cidade de São Paulo. Teremos o Parque do Rio Bexiga", diz Célia Marcondes, presidente da Appit.

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O acordo celebrado pela Prefeitura e o Ministério Público com a universidade envolve uma quantia maior: a Uninove reverterá aos cofres do município pouco mais de R$ 1 bilhão.

Esse valor é referente a uma ação civil de improbidade administrativa de 2021, que se referia à máfia dos fiscais. Na época, investigações apontaram que dois agentes municipais —exonerados posteriormente— cobravam R$ 6,5 milhões de propina para não fiscalizarem a instituição de ensino. Com isso, os ex-agentes públicos conseguiram garantir o direito à imunidade tributária da Uninove.

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