Depois de passar pelo impacto das medidas restritivas do COVID, a oferta de cocaína disparou e atingiu níveis recordes. Entre 2020 e 2021, o cultivo e a demanda cresceu 35% no mundo — o maior salto desde 2016.
Explicando…
Durante a pandemia, o fechamento de bares e boates levou à redução do consumo de cocaína em 2020. No entanto, essa queda não teve impacto a longo prazo.
A área de plantação da coca — concentrada na Colômbia, Peru e Bolívia — dobrou de 2013 para 2017, atingiu um pico em 2018 e voltou a crescer em 2021.
Além disso, esse aumento de cultivo e demanda também acompanhou a abertura de novos caminhos para o tráfico, principalmente no sudeste da Europa, na África e na América Central.
Quem está comprando
Quase 75% dos consumidores de cocaína estão na Europa e na América do Norte — embora essas regiões abriguem somente um quinto da população mundial. Com o aumento de overdoses no Brasil, no entanto, estamos nos tornando ótimos clientes.
O nosso país já é o segundo que mais consome drogas no mundo, ficando atrás apenas dos EUA. Por aqui, estima-se que o tráfico movimente R$ 19 bilhões por ano.
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