Dinheiro pra todo lado. Se você pensava que só bancos eram bons em emprestar dinheiro, saiba que, na última década, a China gastou US$240 bilhões para resgatar mais de 20 países em desenvolvimento, se tornando um dos maiores credores do mundo.
Xi Jinping deu início a iniciativa “Belt an Road” em 2013, investindo em projetos de infraestrutura em algumas nações pontuais. Em 2021, já tinham mais de 130 países participantes — 40% do PIB global.
Pra ter uma ideia, a carteira de empréstimos da China concedia menos de 5% a países com dificuldades financeiras. Em 2022, já ultrapassava 60%.
De onde veio: O total de US$ 240 bi teve duas fontes principais: (i) US$170 bi em swap — acordos de troca de moedas entre bancos centrais — e (ii) US$70 bi de bancos e estatais chinesas.
Para onde vai: Quase 80% dos empréstimos foram feitos entre 2016 e 2021, para países de médio porte. As nações que mais utilizaram as linhas de swap chinesas estavam em crise financeira por causa da pandemia.
A polêmica
Há uma acusação de que a China está fazendo a “armadilha da dívida”, ou seja, financiando países ruins das pernas a juros altos — mais que o dobro do FMI — para torná-los seus dependentes.
O governo chinês, no entanto, negou a acusação dizendo que nenhum país é obrigado a aceitar seu dinheiro e que nunca vinculou laços políticos aos acordos.
Essa estratégia não é de hoje... Os EUA realizaram vários empréstimos para países endividados na crise dos anos 80 e após a 2ª guerra mundial. A diferença é que os empréstimos chineses são bem mais secretos e sigilosos.
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