(Imagem: Getty Images | Reprodução)
Apesar do Lula ter desistido de ir à China por questões de saúde, a comitiva brasileira está fazendo a viagem render alguns frutos — e a grande novidade acabou de ser anunciada.
O Brasil e a China não vão mais usar o dólar como a moeda das transações comerciais entre os dois países, trocando pelo yuan, a moeda chinesa.
O acordo foi feito pelos Banco Centrais dos dois países. Segundo o BC brasileiro, a mudança traz benefícios como a redução de tempo e custo das operações. Na prática, as duas economias passam a depender menos do dólar.
- Para entender a dimensão do impacto, a China é o nosso maior parceiro comercial, com um volume total de transações que superou US$ 150 bilhões em 2022.
O que está por trás... O gigante asiático, aos poucos, tem feito um movimento de "desdolarização", desafiando a atual dominância dos EUA no sistema financeiro global. Pra ter uma ideia, o gigante asiático já tem esse acordo com outros 25 países.
Como Brasil e China pretendem fechar negócios sem usar dólar americano
- Mariana Sanches
- Enviada da BBC News Brasil a Pequim
Brasil e China deram mais um passo para aprofundar sua cooperação comercial - e para excluir uma possível influência americana nos negócios entre os dois países.
Na manhã desta quarta (29/3), os dois países anunciaram a criação de uma “Clearing House” (ou Câmara de compensação), uma instituição bancária que permita o fechamento de negócios e a concessão de empréstimos entre os dois países sem que o dólar americano tenha que ser usado para viabilizar a transação internacional.
O ICBC (Banco Industrial e Comercial da China, na sigla em inglês), é o banco que operará a clearing house no Brasil para permitir que empresários brasileiros e chineses possam fazer transações comerciais e empréstimos em yuan, e não apenas em dólar, como acontece hoje entre os dois países.
Como se trata de uma grande instituição financeira chinesa, o banco seria capaz de garantir aos empresários brasileiros a conversão imediata de seus ganhos em real, caso eles decidam fechar negócios em yuan.
“É uma opção de compensação do yuan para uma moeda local, existem 25 assim no mundo, e corta custos de transação porque não passa pelo dólar”, afirmou a secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.
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