O Itaú demitiu 80 funcionários que teriam usado o plano de saúde de forma indevida. Segundo o banco, houve má conduta dos trabalhadores no pedido de reembolso de consultas e procedimentos.
As demissões acontecem no momento em que os planos de saúde colocam em prática um esforço para elevar o escrutínio contra fraudes. Em outubro do ano passado, a FenaSaúde (federação que representa as operadoras) criou uma gerência para aumentar a fiscalização sobre os dribles mais comuns na utilização dos planos. Na ocasião, a entidade também apresentou ao Ministério Público de São Paulo uma notícia-crime sobre uma rede de empresas de fachada criada com o intuito de fazer pedidos de reembolsos fraudulentos em larga escala contra operadoras, que somaram cerca de R$ 40 milhões.
Após as demissões no Itaú, o Sindicato dos Bancários de São Paulo abriu um canal jurídico para o caso e diz que vai analisar a situação de cada trabalhador. De acordo com o sindicato, logo após os desligamentos, o banco também enviou email interno com dicas sobre como evitar fraudes e golpes relacionados à utilização do plano médico. O Itaú aconselhou os funcionários a não compartilharem login e senha dos canais de atendimento do plano e fez um alerta sobre alterações da finalidade real de tratamentos, exames e procedimentos, em especial os estéticos, que não são cobertos pelo plano.
"A ética é um valor fundamental para o banco e deve pautar a conduta de todos os colaboradores", disse o Itaú em nota. O banco não deu detalhes sobre a fraude.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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