Anunciados pelo presidente Jair Bolsonaro como uma de suas prioridades no enfrentamento à seca no semiárido do Nordeste, os programas de dessalinização de água não decolaram sob sua gestão.
Os investimentos no Programa Água Doce alcançaram R$ 13,5 milhões em 2019 e R$ 18,9 milhões em 2020. O valor equivale a 1% do investimento do governo em recursos hídricos nos dois anos.
O patamar é o mesmo observado em governos anteriores. Apenas em 2016, sob os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), o investimento no programa Água Doce chegou a R$ 38 milhões.
O volume de recursos investido no Água Doce chegou a R$ 55,4 milhões incluindo os anos de 2016, 2017 e 2018. Até o momento, são 895 sistemas em operação em sete estados, dos quais 617 entram operação antes do governo Bolsonaro.
Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro anuncia projetos de dessalinização como uma espécie de redenção para o semiárido, citando Israel como exemplo de sucesso. Em 2019, o governo enviou o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) a Israel para conhecer a experiência daquele país.
A tecnologia já vem sendo usada no sertão nordestino há pelo menos 30 anos, mas tem como principal gargalo o custo para a produção de água potável em larga escala.
O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o programa Água Doce tem execução continuada e avança conforme o ritmo da execução física de implantação dos sistemas de dessalinização, pactuadas com os dez governos estaduais que possuem áreas de semiárido.
Informou ainda que há 53 sistemas com a implantação em andamento e recursos assegurados para construção de mais 286 sistemas.
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