Esta receita de matar ratos é de Etterbeek, uma das 19 comunas de Bruxelas.
Descubra a entrada da toca dos bichos daninhos, solte lá dentro um furão e feche a saída, para evitar escapes. Nos labirintos subterrâneos, o furão encontra suas presas pelo cheiro, mata uma a uma —e só retorna quando não há sobreviventes, com a vantagem de deixar lá embaixo os restos mortais.
Meia hora é tempo suficiente para "neutralizar" 12 ratos, calcula Jean De Marcken, que ocupa o cargo público de treinador de furões —atividade reconhecida e exercida há pelo menos dez anos.
Segundo a administração municipal de Etterbeek, além de estar completamente dentro da lei, essa solução é ideal contra os roedores nocivos, por ter menos riscos que o uso de veneno.
Ratos, sabemos, também têm dentes afiados e atacam quando acuados, mas nessa luta estão em desvantagem. "O furão tem pele grossa, mandíbulas de aço e sua técnica é infalível: mordem a base do crânio e destroem o cerebelo, o que paralisa a presa e a mata quase instantaneamente", descreve De Marcken ao site belga The Bulletin.
No total, cada um de seus sete pupilos "tem centenas de mortes em seu crédito", gaba-se o treinador, que os classifica como "predadores naturais implacáveis".
Às vezes uma caça escapa por alguma saída lateral, e então De Marcken solta o cachorro atrás dela. É algo que prefere evitar, comenta, porque, "quando a matança ocorre em público, desgosta os moradores". Os furões ainda assim são recompensados, por expulsar as pragas de seus esconderijos.
Ratos não faltam no mundo, de várias espécies, incluindo camundongos malandros e ratazanas famintas.
Atrás deles correm incansáveis os furos (e furões) de nossos jornalistas --graças em grande parte a você, leitor; obrigada.
Uma vez desentocados, o bastão passa aos cães de guarda. Que se mantenham livres e atentos.
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