Por Emeli Lalesca Aparecida da Guarda e Martin Ordenes Mizgier
São Paulo - Os edifícios são responsáveis por uma quantidade considerável do uso total de energia. No cenário global, a construção civil é responsável por 36% do uso final de energia e 39% dos gases de efeito estufa emitidos (IEA, 2019). Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2019), o consumo por eletricidade no Brasil apresenta tendência de crescimento, com aumento em cerca de 50% no período de 1995 a 2019.
Dentro do setor da construção civil, o residencial vem se destacando com maiores valores de consumo por eletricidade, sendo que em 1995 apresentava valores de 63.576 GWh, aumentando em torno de 55%; e o setor comercial apresenta valores de 32.276 GWh em 1995, aumentando em torno de 65% em 2018 (EPE, 2019). Neste contexto, a demanda energética para refrigeração de ambientes aumentou 33% no período de 2010 a 2018 e 5% no período de 2017 a 2018, em níveis mundiais (IEA, 2018).
Em 2017, no Brasil,os refrigeradores tornam-se os principais consumidores, sendo de 18%, seguidos dos televisores e chuveiros elétricos (15%) e condicionadores (14%) (EPE, 2018a). Assim, o consumo energético tem destaque para o condicionamento de ar, que, por conta da ampliação de aquisição destes equipamentos pelas famílias brasileiras, será o principal responsável pelo consumo energético, sendo que passou de 7% em 2005 para 14% em 2017, apresentando um crescimento de 50%. Estima-se que o consumo de energia por condicionadores de ar em residências tenha aumentado cerca de 237% nos últimos 12 anos (EPE, 2018a).
Com o crescente aumento populacional e, consequentemente, um significativo acréscimo de habitações e aquisição de condicionadores, a demanda por ar condicionado para obter melhores condições térmicas aumenta no mundo todo. Existem grandes diferenças na quantidade de condicionadores de ar instalados e vendas nos países, refletindo principalmente nas diferenças climáticas, economia e população. Desta maneira, em 2016, os Estados Unidos têm a maior quantidade de condicionadores instalados, cerca de 50%, sendo a maior parte no setor residencial (IEA, 2018).
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