“Competência só não basta. Goleiro azarado não joga na seleção.” A frase é uma das leis de Fang, fruto do humor criativo, inteligente e refinado do carioca Isu Fang, para ironizar os processos de gestão.
No ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), onde formou-se engenheiro, em 1963, era muito querido e uma espécie de celebridade.
“O Isu sempre foi muito inteligente e um dos melhores alunos. Logo ocupou uma posição de destaque ao ser eleito o representante da turma. Lia muito, inclusive os pocket books durante as aulas e, ainda assim, tirava as melhores notas nas provas”, conta o professor Isak Kruglianskas, ex-presidente e coordenador do Programa de Gestão Estratégica da Sustentabilidade da FIA (Fundação Instituto de Administração), seu amigo.
Ao término da faculdade, foi à Universidade Stanford, nos EUA, cursar mestrado e doutorado.
De volta ao Brasil, lecionou na FEA (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária) da USP, presidiu a Prodam e a Elebra Informática.
Trabalhou como consultor e pesquisador nas áreas de administração e planejamento estratégico de empresas de alta tecnologia e órgãos de governo no setor de informática e telecomunicações, na implantação de sistemas de gestão e informação de grande porte, na distribuição e comercialização de produtos de informática e telecomunicações e na negociação de contratos de licenciamento de tecnologia e de fabricação com firmas estrangeiras. Isu também foi conselheiro da FIA.
“Exemplo de profissional, soube aliar a competência ao senso de realidade. Emprestou seu conhecimento para a sociedade e o potencial para ajudar as organizações a terem sucesso. Encarava os problemas com bom humor”, afirma Isak.
Até antes da pandemia almoçava com os amigos da turma de 1963 mensalmente. Dedicou-se à família e aos amigos.
Isu Fang morreu dia 25 de maio, em decorrência de um tumor cerebral. Deixa a esposa Sarita, os filhos Bruno, Débora e Diana, além de netos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário