O pedido de demissão de Ricardo Salles ocorreu em momento em que ele se encontrava em uma encruzilhada nas mãos de Alexandre de Moraes. O imbróglio envolvendo o celular (ou celulares) do ex-ministro levantou a suspeita de um novo crime, o de obstrução de Justiça.
A Polícia Federal e Moraes indicaram que querem saber se Salles omitiu ou destruiu provas. Com a saída, o caso deve ir para a primeira instância. Para investigadores, essa foi a intenção do ex-titular do Meio Ambiente.
No último dia 16, Moraes deu 24 horas para que o ainda ministro desse a senha do aparelho —o que não ocorreu até agora. Ele também ordenou a operadores de telefonia que informassem a existência de outras linhas em nome de Salles. Como mostrou o Painel, sua defesa entregou o celular à PF sem a senha.
Na representação que fez ao ministro do STF para pedir novas diligências que possibilitassem o desbloqueio do celular, a polícia também disse que perguntou formalmente ao advogado se os dados do aparelho tinham sido preservados ou apagados, mas não obteve resposta.
Moraes autorizou o envio para os EUA do celular de Salles.
Uma suspeita ou indicativo de obstrução de Justiça, em geral, pode levar a novas medidas, como mandados de busca e apreensão e, no limite, até prisão preventiva.
Moraes pediu à Procuradoria-Geral da República para se manifestar sobre a situação do inquérito, se deve ficar no STF ou ser encaminhado à Justiça Federal.
A Akuanduba mira suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior.
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