segunda-feira, 21 de março de 2022

De repente, o monônimo, Ruy Castro, FSP

 Monônimo. Descobri-o outro dia e embatuquei. O Aurélio não o registra. O Houaiss, sim. É a palavra que abrange um só conceito. Quando se trata de nomear pessoas, dispensa epítetos e apodos. Exemplos: Aristóteles, Platão, Pitágoras, para citar somente alguns gregos de nossa intimidade. Ou Carlitos, Oscarito, Cantinflas. Ou Xuxa, Beyonce, Anitta. A literatura tem muitos: D’Artagnan, Pinóquio, Capitu, Tarzan, Tintin, Zorro. Reais ou imaginários, todos, celebridades monônimas.

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O ator Oscarito, exemplo de monônimo, ao lado de cartaz do filme "Papai Fanfarrão" (1956), da Atlântida Cinematográfica, com direção de Carlos Manga - Antonio Pirozzelli - 4.nov.1956/Folhapress


Monônimos eram Cleópatra, Esopo, Confúcio, Spartacus, Lampião. Os escritores franceses eram chegados: Molière, Voltaire, Stendhal, Colette. Mas não é assim tão simples. Não basta que o sobrenome se imponha ao nome. Shakespeare não é um monônimo, assim como Churchill, Picasso e Gandhi —para suas mães, eles eram Billy, Winston, Pablo e Mahatma. Nem Drácula, Hitler e Bolsonaro —algum incauto um dia já os chamou de Vlad, Adolf e Jair. E atenção: Michelangelo era um monônimo, mas Da Vinci, não —sua turma em Florença o tratava, sem a menor cerimônia, de Leo. Marlene, a grande cantora, era um monônimo; Emilinha, não —porque era também Borba. Jaguar, sim; Millôr (Fernandes), não.


Não se sabe por que, mas, em sociedades que adoram empilhar sobrenomes, alguns se eternizam por um simples nome, que pode ser um apelido, pseudônimo ou prenome, mas só um. E já começou cedo, com Adão e Eva. A Bíblia, aliás, é um dilúvio de monônimos: Deus, Abraão, Sansão, Herodes, Salomé, uns mil mais. A música popular também: Pixinguinha, Cartola, Jamelão, Maysa, Djavan, Cazuza, Prince, Björk, Madonna.


Os jogadores de futebol já foram mais mononinômonos: Zizinho, Pelé, Garrincha, Tostão, Zico, Romário. Hoje todos têm nome e sobrenome e só faltam entrar em campo com cartões de visita. Benzema e Mbappé são quase exceções.


Sou a favor dos monônimos. Nomes devem dizer coisas, não ocupar espaço.

Fenômeno The News - dois anos

Já vamos de clichê — o tempo voa. Parece que foi ontem que nosso primeiro e-mail foi enviado, e queremos começar as comemorações contando um pouco dessa história.

Em uma quarta-feira de manhã…

O mundo estava parado e a OMS tinha declarado o status de “pandemia” há poucos dias. Pouco antes das 08h, nosso fundador acordou em quarentena, pegou seu café — obviamente, sem açúcar — e ligou a TV. 

Um noticiário tradicional começou a passar e, em poucos minutos, já veio a vontade de desligar. COVID-19, mortes, política… Notícias longe de qualquer otimismo.

Desligou a TV, pegou sua caneca e seu notebook para trabalhar. Abriu várias abas em sites de notícias e era a mesma coisa... Além de difíceis de digerir, tudo era chato e quadrado demais. Será que não tinha como contá-las de outra forma? 

Havia muito a ser dito além dos casos de COVID-19 por si só. Por que não mesclar — de forma rápida, inteligente e até divertida — o que acontece no cenário mundial ao que é essencial no Brasil, com um toque de business, mercado e tecnologia?

Assim, nasceu o the news. 

Naquele mesmo dia, o fã do café sem açúcar se aventurou e escreveu a primeira edição da newsletter. Ao finalizar, enviou para um ex-colega de trabalho e pediu para que ele desse uma olhada. No dia seguinte, a primeira edição foi enviada para 259 e-mails, às 06:06 do dia 19/03/2020.

Aqui está a nossa primogênita. Dias depois, os dois começaram a dividir as matérias e a rotina nunca mais foi a mesma. Uma edição após a outra e uma constância diária.

Desde então… 📊

  • São mais de 1 milhão de leitores ativos;
  • Foram 722 edições enviadas; 
  • 3.622 matérias feitas; 
  • Mais de mil canecas entregues; 
  • Pelo menos 150 anunciantes escolheram nosso canal;
  • Lançamos outros três cadernos;
  • Servimos de "inspiração" para, no mínimo, outras 50 newsletters — com destaque para as que resolveram colocar o “the ___” #fãs 🤡

Mas vocês gostam é dos bastidores, né? 😜

Aqui vão algumas curiosidades…

  • A newsletter só foi escrita com os redatores presentes dentro de um mesmo espaço físico depois de 11 meses e 10 dias — todas antes disso eram feitas de casa; 
  • Os primeiros adesivos e canecas foram enviados e embalados pelos próprios fundadores; 
  • O apelido Denilson surgiu do marido de uma leitora, que perguntou, ainda na cama: “Quem é esse tal de Denilson?”
  • Temos uma sede física, mas nossos colaboradores estão espalhados por 7 cidades brasileiras;
  • A média de idade do nosso time é de 25 anos;
  • 66,1% dos nossos leitores já tomam o café sem açúcar. risos;
  • As matérias preferidas dos nossos leitores são mundo e tecnologia;
  • Estamos em todos os estados do Brasil e em mais de 63 países.

E daqui pra frente? 🔮

A partir dos dois anos de idade, uma criança começa a ter habilidades motoras cada vez mais refinadas e desenvoltas. O engatinhar e os primeiros passos vão se transformando em uma marcha cada vez mais consistente.

E assim será. Continuaremos criando um hábito extremamente positivo na vida das pessoas, ajudando uma geração a se tornar mais inteligente — e não só mais informada — de uma forma cada vez mais completa, simples e leve.

Tudo isso, em equipe 👥

Para quem recebe, pode parecer apenas um e-mail. Por trás dele, há um time apaixonado trabalhando duro para entregar o melhor possível.

Por isso, aqui vai o agradecimento do Denilson a todos aqueles que fazem que o negócio aconteça. Cada um na sua área, mas juntos, por um objetivo maior. 

Campo de Marte: acordo entre União e Prefeitura de São Paulo coloca fim a litígio que se estendia há décadas, AGU Portal

 presidente da República, Jair Bolsonaro, e o prefeito do município de São Paulo, Ricardo Nunes, assinaram hoje (17/03), em Brasília, acordo que põe fim à disputa judicial sobre a área do Aeroporto de Campo de Marte que se estendia desde 1958, ano que o município ajuizou ação para retomar a área e obter indenização pelo seu uso, processo que tramita até hoje na Justiça.

A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Economia deram o aval final para a assinatura do acordo, que ainda precisará ser homologado pela Justiça.

O acordo prevê a troca do valor da indenização pelo uso da área, durante todos estes anos, pelo valor da dívida do Município de São Paulo com a União, de cerca de R$ 24 bilhões. O documento passa a propriedade da área do aeroporto para a União e outras dependências administradas pela Aeronáutica, e por outro lado devolve ao município de São Paulo a parte do imóvel que não está ocupada por instalações federais.

O acordo foi mediado pela Câmara de Mediação de Conciliação da Administração Pública Federal, órgão da Consultoria-Geral da União (CGU) que promoveu o acerto entre as partes por meio da aplicação das técnicas de negociação e de conciliação para solução do caso concreto. Também participaram das tratativas de negociação a Procuradoria-Geral da União (PGU) e a Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT), que atuam no processo judicial.

“A solução produzida no caso do Campo de Marte é mais uma prova de que questões muito complexas tendem a ser melhor resolvidas por meio da auto composição envolvendo a Administração Pública Federal, Municipal e Estadual”, destacou o diretor da Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal e advogado da União, José Roberto da Cunha Peixoto.

“Os esforços conciliatórios da União e do Município de São Paulo conseguiram pôr fim a uma controvérsia que durava mais de 60 anos, trazendo segurança jurídica e economia para aos entes estatais envolvidos”, acrescenta o diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade da PGU, Vanir Fridriczewski.

“É um acordo histórico, importante para a cidade. Coloca a cidade de São Paulo em um outro patamar de poder aumentar os investimentos, fazer obras de infraestrutura, poder cuidar das pessoas mais vulneráveis”, completa o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Além do presidente da República e do prefeito de São Paulo, também participaram do ato de assinaturas do acordo o advogado-geral da União, Bruno Bianco, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, e a procuradora-geral do Município, Marina Magro, entre outras autoridades.