quarta-feira, 21 de junho de 2017

Crise eleva número de brasileiros que deixam o país, OESP

A desilusão com a situação política e o desemprego elevado são os maiores responsáveis pela saída de quem escolhe países como Portugal, Canadá e EUA

A busca por uma oportunidade de vida melhor fora do Brasil se intensificou nos últimos anos, em grande parte por causa da crise econômica.
De acordo com dados da Receita Federal, entre 2014 e 2016 foram entregues 55.402 Declarações de Saída Definitiva do País, um aumento de 81,61% na comparação com o triênio imediatamente anterior.
De 2011 a 2013, período que antecede a crise econômica, 30.506 pessoas entregaram o mesmo documento. O número, no entanto, pode ser ainda maior, já que nem todos os brasileiros prestam essa informação quando vão embora.
A publicitária Camila Juhrs Flaire, de 26 anos, está entre os que decidiram fazer as malas e abandonar tudo em São Paulo. Há um ano, ela aproveitou a cidadania portuguesa herdada do avô lusitano, deixou o emprego na área de eventos e embarcou para o Porto, em Portugal.
“Sabia que ficando no Brasil, mesmo formada, não teria grandes oportunidades ou qualidade de vida. Fugi da crise também, pois ela se tornou um obstáculo.”
A desilusão com a situação política e a taxa de desemprego elevada são os maiores responsáveis pela saída de quem escolhe países como Portugal, Canadá e EUA para uma nova vida. Planeje! O KAYAK tem as melhores passagens para os Estados Unidos, confira. Patrocinado 
“Há uma falta de crença generalizada na recolocação profissional porque há muitas pessoas desempregadas. É natural esse desejo por experiências em outros locais”, diz a sócia-fundadora da consultoria executiva Unique Group, Alexia Franco.
Há quem se mude com o desejo de empreender lá fora, mas a espera por resultados imediatos acaba frustrando muita gente, diz o presidente da consultoria especializada em mobilidade global Emdoc, João Marques da Fonseca. “É preciso entender a cultura local e adaptar seus produtos e serviços às necessidades do novo público.”
Essa foi a fórmula seguida pelo empresário Guilherme Cerqueira, de 36 anos. Fundador de uma empresa de tecnologia, ele e os sócios já tinham em mente um outro negócio envolvendo comportamento e consumo, que “deveria nascer internacional”. O próximo passo foi analisar qual o melhor destino para a startup que queriam criar.
“Não bastava ter vontade de ir morar fora, pegar tudo e desembarcar em outro país. O primeiro lugar que surgiu no meu radar foi o Vale do Silício, na Califórnia, então fui para lá entender como era a vida de um empreendedor naquele local. Só quando voltei é que decidimos investir”, relembra.
Em 2015, Cerqueira deixou o Brasil com a mulher e os dois filhos. Ele cita a crise econômica e a violência do Rio de Janeiro, onde morava, como fatores determinantes para a mudança.
Expectativa
Segundo Fonseca, da Emdoc, outro erro constante de quem deixa o Brasil é acreditar que a vida lá fora será semelhante ao experimentado aqui. Em certos casos, ele confessa identificar que algumas dessas aventuras já surgem com data certa para acabar pela falta de alinhamento entre expectativa e realidade.
“Boas ideias e dinheiro guardado não são suficientes. A pessoa sai daqui com uma ideia sobre ganhos e estilo de vida e somente lá percebe que a dinâmica é completamente diferente”, comenta Fonseca.
No caso de Cerqueira, a cobertura na Barra da Tijuca deu lugar a um apartamento de dois cômodos em São Francisco, para conter despesas e fazer o dinheiro render enquanto seu negócio não decolava.
Para Camila, o caminho encontrado foi aceitar um emprego na área de telecomunicações. Apesar de não ter relação com sua formação, o novo trabalho ajudou no entendimento de como funcionava o mercado de trabalho em Portugal, diz a jovem.
“Começar do zero não é fácil. No primeiro mês, se alguém me perguntasse se eu tinha desejo de voltar diria que sim. Hoje, tenho certeza de que quero ficar de vez.”

terça-feira, 20 de junho de 2017

19.06.17 | Tecnologia promove reúso de águas de torres de resfriamento para mercado de energia



Fonte: Procel Info - 19.06.2017

Brasil - A tecnologia desenvolvida é uma opção para companhias do mercado de energia que buscam sistemas eficientes para reúso do blowdown de torres de resfriamento para realização do make up. O sistema realiza o processo de remoção de óleo, durezas, metais e sólidos suspensos da água de alimentação por meio de uma combinação de sistemas e a osmose reversa, operante a um pH elevado que evita a deposição de particulados e a criação de biofilmes nas membranas.

Em situações em que o efluente apresenta grandes quantidades de gases dissolvidos e excesso de alcalinidade, o mesmo é enviado a um degaseificador com adição de ácido para reduzir a quantidade de sólidos na demanda de base a ser injetada no sistema de clarificação, que corresponde à etapa de abrandamento químico.

Após seu funcionamento a água tratada é filtrada e, posteriormente, passa por um abrandador que reduz a dureza, metais e sólidos suspensos a concentrações mais baixas. Tal etapa tem como objetivo reduzir o potencial de incrustação das membranas de osmose reversa.

A água pré-tratada é então enviada para um sistema de osmose reversa, operada a um pH elevado, para reduzir o total de sólidos dissolvidos, sílica, boro e outros compostos presentes na água de alimentação. O Opus possui uma alta taxa de recuperação, opera com um tempo de inatividade mínimo, tem a capacidade de lidar com variações e funciona com um processo de limpeza contínua a um baixo consumo de energia.

“A Veolia também oferece a tecnologia Opus acoplada ao nosso sistema de serviços móveis de água em curto e em longo prazo. Além disso, o sistema pode ser desenhado juntamente com nossas soluções standards, que possui um custo e tempo de entrega reduzidos”, comenta Luiz Felipe Guimarães, coordenador de vendas da Veolia Water Technologies.


* Com informações Assessoria Press à Porter

19.06.17 | Hotéis adotam sistemas inteligentes para reduzir consumo de energia elétrica e gastos




Fonte: Procel Info - 19.06.2017

Brasil - Economizar na conta de energia não é uma tarefa fácil para o setor hoteleiro. Na maior parte dos hotéis, estima-se que a energia elétrica esteja no topo da lista de gastos para o negócio. Sistemas de ar condicionado, aquecedores, equipamentos de cozinha e iluminação são os grandes vilões orçamentários. Para tentar equilibrar custo, qualidade e consumo consciente sem exigir que os clientes colaborem diretamente no bom resultado desta equação, os hotéis adotam desde medidas simples como substituir lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED até aderir aos equipamentos solares de geração de energia. E, paralelamente a essas ações, uma outra solução tem se mostrado bastante eficaz: a instalação de sistemas inteligentes de gerenciamento de energia.

Um sistema de gestão que tem atraído redes hoteleiras no Brasil é o Follow Energy, fornecido pela empresa ACS Automação. Segundo Alexander Dabkiewicz, gerente de vendas da empresa, o primeiro passo para se ter uma linha de referência de consumo e poder traçar as ações para reduzir custos é o monitoramento.

“A fatura de energia elétrica traz apenas a informação resumida do mês e o sistema de monitoramento nos traz a curva de carga, com os dados de consumo de 15 em 15 minutos”, explica.

Brasil - O sistema mede o que acontece na entrada de energia e nas principais cargas elétricas da empresa, e os transmite, através de um gerenciador com modem celular, para a internet. A partir daí, o gestor pode acessar as informações, realizar análises e identificar oportunidades.

“O Follow também efetua o controle automático e horário do sistema de ar condicionado, para que não haja possibilidade de desperdício, mantendo sempre o conforto ambiental dos hóspedes. Pode, ainda, medir o consumo deste sistema, para saber o quanto ele representa na conta e se ele é eficiente ou não”, complementa Alexander.

Incentivos para construções sustentáveis e eficiência energética
Manter o padrão de qualidade em seu atendimento e serviços, com um consumo sustentável, tem sido uma tendência mundial no setor de hotéis. Essas iniciativas rendem prêmios, selos e certificações promovidas por algumas entidades públicas e privadas.

O BNDES, por exemplo, possui uma linha de financiamento intitulada “Linha de Apoio ao Comércio e Serviços” que visa auxiliar no aumento da produtividade do setor, contemplando com condições financeiras diferenciadas as edificações detentoras da Etiqueta PBE Edifica Classe “A”. Esta certificação faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e foi desenvolvida em parceria entre o Inmetro e a Eletrobras, no âmbito do Procel Edifica. Hoje, 11 hotéis detém a Etiqueta no Brasil.

Dos “selos sustentáveis” fornecidos por instituições privadas, a mais conhecida é a Leed (Leadership, Energy and Environmental Design), aplicável a edificações em geral e que tem em sua lista, até o momento, 25 hotéis em processo de certificação no país e dois com selos obtidos.

Outro certificado importante, que identifica hospedagens comprometidas com o meio ambiente é o “Parceiro Verde”, do programa Ecolíderes, do TripAdvisor. O reconhecimento é concedido por ações como reaproveitamento de água da chuva e economia comprovada de energia elétrica. O programa foi desenvolvido em parceria com a consultoria da Rainforest Alliance e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Case: Rede Meliá Hotels
A sustentabilidade é um ingrediente crucial do posicionamento da Meliá Hotels International, e considerada como uma das bases do seu modelo de negócio. Os hotéis da Rede Meliá no Brasil são um exemplo de investimento em eficiência energética no setor hoteleiro nacional. “Adotamos várias ações de eficiência energética com todas as utilidades (energia elétrica, gás, água, diesel) que geram reduções em torno de R$ 5 milhões por ano em todos nossos hotéis”, declara Paulo Nogueira, gerente de serviços técnicos do Meliá Hotels & Resort Brasil.

A rede trabalha, também, com a conscientização dos colaboradores, na melhoria dos procedimentos operacionais e com um sistema de gestão de energia, o Follow Energy, utilizado em todos os hotéis da rede atendidos na Tarifação Horo Sazonal (THS - modalidade tarifária binômia, constituída por preços aplicáveis ao consumo de energia ativa e à demanda de potência).

“A plataforma de gerenciamento de energia permite o controle e a supervisão do uso, o que traz como resultado final a redução destes consumos e dos custos energéticos”, complementa Paulo Nogueira.

De acordo com o profissional, a redução de consumo registrada nas unidades nas quais foram instalados os sistemas de gerenciamento ficou entre 5% e 7%.

Atualmente, a rede Meliá no Brasil conta com 14 hotéis e é detentora do selo ouro Ecolíder, concedido pela TripAdvisor. Internacionalmente, é certificada com o Earth Check - certificação mundial destinada ao turismo sustentável e à indústria de hospedagem - e com o Biosphere Responsable Tourism - reconhecimento internacional pioneiro no turismo sustentável.


* Com informações Assessoria de imprensa ACS