quinta-feira, 7 de novembro de 2024

BC dos EUA anuncia redução dos juros em 0,25 ponto percentual, FSP

 A declaração do Fed será interpretada à luz do retorno do republicano Donald Trump ao poder. Em seu governo anterior, o republicano teve divergências com Powell, que tem mandato até 2026.

Alguns dos conselheiros de Trump pediram que ele solicitasse a saída antecipada de Powell. Quando questionado se concordaria em fazê-lo, o presidente do BC americano disse enfaticamente que não. Ele acrescentou que "não é permitido por lei" que uma nova administração o demita antes do final de seu mandato.

Na entrevista coletiva após o anúncio da redução de juros, Powell afirmou que o Fed não está considerando o resultado das eleições em suas decisões. "No curto prazo, a eleição não terá efeitos sobre nossas decisões".

Trump propôs tarifas abrangentes, deportações em massa de imigrantes e ampla desregulamentação, além de impostos mais baixos para os ricos e empresas. Economistas dizem que os planos do presidente eleito arriscam não apenas uma inflação mais alta, mas também um crescimento mais lento.

Powell se recusou a comentar como o banco central responderia à próxima administração, dizendo que era muito cedo para julgar qual seria a substância das políticas econômicas de um governo Trump.

"Não adivinhamos, não especulamos e não assumimos", disse o presidente da autoridade monetária.

A política monetária dos EUA segue o que vem sendo feito nas principais economias do mundo. Horas mais cedo nesta quinta, o Banco da Inglaterra anunciou corte de 0,25 ponto percentual nos juros, que foi para 4,75%.

O BCE (Banco Central Europeu), responsável pela União Europeia, reduziu a taxa para 3,25% em 17 de outubro, no terceiro corte consecutivo.

Na direção contrária, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil subiu a taxa Selic para 11,25% nesta quarta-feira (6), no segundo movimento seguido de elevação dos juros básicos do país, em meio ao descompasso das expectativas de inflação do mercado em relação à meta, de 3%.

Com Reuters e Financial Times

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