segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Tarcísio mostra que a política transforma as pessoas, FSP

 A política transformou Lula, um metalúrgico com o primário completo e um curso de torneiro mecânico do Senai, no único brasileiro eleito três vezes para a Presidência da República.

Noutra ponta das virtudes curriculares, Jair Bolsonaro, já eleito, recebeu numa manhã de dezembro de 2018 o ex-oficial Tarcísio de Freitas. Nunca o havia visto e o encontro foi sugerido por um coronel. Tarcísio tinha sido um dos melhores alunos do Instituto Militar de Engenharia e comandara uma faxina do governo de Dilma Rousseff na burocracia dos transportes.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes - Eduardo Knapp - 19.dez.23/Folhapress

Terminada a conversa, Bolsonaro pediu-lhe que voltasse à tarde. Ele voltou e foi convidado para o Ministério da Infraestrutura. Simples assim.

Passou algum tempo e Bolsonaro sugeriu a Tarcísio o que parecia ser uma maluquice: ele deveria disputar o Governo de São Paulo. Elegeu-se.

Como a política transforma as pessoas, o aluno brilhante do IME meteu-se em dois episódios capazes de enrubescer até a turma da limpeza do Instituto.

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Defendendo uma batatada de seu secretário de Educação, disse que o governo ofereceria livros didáticos em versões eletrônicas e os estudantes que não tivessem tablets ou computadores poderiam imprimi-los. Só não informou onde.

Num novo acesso de terraplanismo, avisou que não vai comprar novas câmeras corporais para a PM e disse:

"Qual é a efetividade da câmera corporal na segurança do cidadão? Nenhuma."

Nesse progresso de regressão, Tarcísio arrisca condenar a aplicação da vacina contra a dengue em São Paulo.

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