Dentro de exatamente um ano, o Estadão completará seu 150º aniversário. O jornal se aproxima do sesquicentenário com uma combinação única como sua longevidade. Investe na modernização contínua para conhecer cada vez melhor suas diferentes audiências e entregar a elas, no formato mais adequado, produtos que defendam o propósito liberal e republicano presente desde a primeira edição de A Província de São Paulo, em 4 de janeiro de 1875.
Ao longo dos últimos meses, a modernização se traduziu em movimentos como a reorganização da redação com foco na produção digital, com linguagem e formatos digitais, e ações pioneiras na imprensa brasileira de uso de inteligência artificial generativa. O propósito, no jornalismo voltado a defender a coisa pública, a democracia e as liberdades, por meio de reportagens exclusivas, grandes coberturas e editoriais firmes que pautam o debate no País.
“O projeto de transformação digital que vem sendo implantado no Estadão é contínuo, nunca termina, pois novas tecnologias estão sempre surgindo. Temos de entendê-las rapidamente e aproveitar as oportunidades que trazem para sermos cada vez mais relevantes para a sociedade brasileira”, diz o diretor-presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto.
A tecnologia é elemento central na virada dos 149 para os 150 anos. Se 2023 foi marcado pelo uso massivo da inteligência artificial generativa, o jornal colocou-se na vanguarda do uso do recurso no País. Em outubro, lançou a Leia, modelo de IA que gera conteúdos a partir do próprio acervo do Estadão. Primeiro, de tecnologia. Depois, cultura, entretenimento e gastronomia. Ao longo deste ano, serão incorporadas as demais áreas de cobertura.
Paralelamente, o Estadão foi o primeiro grande veículo do País a definir e divulgar sua política de uso de IA para produção de conteúdo. Traduções simples e transcrições já foram incorporadas à rotina dos jornalistas, que revisam rigorosamente o trabalho tecnológico para evitar “alucinações”. Novas práticas devem ser testadas, de modo a aumentar a produtividade e liberar a expertise jornalística para entender e atender melhor as diferentes audiências.
As principais notícias e colunas sobre o cenário político nacional, de segunda a sexta.
“O Estadão desenvolveu ferramentas para impactar as mais diversas audiências qualificadas, de acordo com a necessidade dos clientes. Hoje, estamos tecnicamente aptos para segmentar a produção de conteúdo ou a entrega de publicidade de acordo com as demandas do mercado. Assim, o Estadão leva ao mercado uma proposta de valor que inclui credibilidade, tradição, inovação e relevância”, diz André Furlanetto, diretor-executivo de Estratégias Digitais do Estadão.
A combinação destes fatores tem impacto direto em como o jornal produz conteúdo hoje. A sempre árida cobertura de Plano Diretor e Lei de Zoneamento foi aproximada do público por meio de mapas interativos em que era possível ver o impacto de cada etapa dos projetos na rua do leitor. Simplificar com guias, mapas e exemplos práticos também foi a tônica em temas que atravessaram 2023 e seguem em 2024, como a Guerra Israel-Hamas e a reforma tributária.
Predominante em todas as plataformas digitais, a produção em vídeo é outro herdeiro em pleno crescimento do texto profundo e bem escrito que sempre marcou o Estadão. No fim deste mês, estreia a segunda temporada do “Dois Pontos”, vodcast distribuído em serviços de vídeo e áudio que debate temas do momento por meio de diálogo saudável, sem intolerância e ódio. Uma contribuição do jornal para melhorar o ambiente do debate público em um País ainda altamente polarizado.
O Estadão também levou para vídeo as já consagradas checagens do Verifica, iniciativa pioneira e de sucesso de combate à desinformação nas redes e plataformas digitais. E lançou o “Joga na Busca”, produto em que políticos respondem diretamente o que as pessoas mais pesquisam sobre eles na internet.
“Em seus quase 150 anos de existência, o Estadão esteve à frente de seu tempo em cada quadra histórica, olhando sempre para frente, em uma invejável trajetória. Agora, culminando anos de modernização tecnológica, o jornal se habilita a competir com sucesso no mundo digital, servindo seu público e cumprindo ainda mais vigorosamente sua missão editorial”, resume Eurípedes Alcântara, diretor-executivo de Jornalismo do Grupo Estado.
Cumprir a missão editorial com mais vigor na natureza “caótica” do ambiente digital exige processos e treinamentos. A partir do meio de 2023, o jornal passou a construir uma estrutura de governança e qualidade de conteúdo, para garantir o mesmo padrão em tudo que for publicado “sob o cavalinho”, não importa se nas tradicionais páginas do jornal de domingo ou em um vídeo de TikTok.
Treinamentos em vídeo, criação de gráficos simples e técnicas de SEO, entre outros, contribuem para uma maior uniformidade na linguagem digital, além de ganho de produtividade. Métricas de performance e engajamento acompanhadas em tempo real permitem compreender imediatamente o impacto de cada conteúdo no público.
Este, um ativo histórico do Estadão. Da sempre citada série sobre a guerra de Canudos, no final do século XIX, feita pelo correspondente Euclides da Cunha, que virou o clássico Os sertões, às reportagens que contaram as histórias dos últimos governos, o jornalismo do Estadão intensifica a aposta na cobertura das nuances de um Brasil complexo, em grandes reportagens e furos.
Em 2023, foi o Estadão quem revelou o caso das joias de Bolsonaro, série de reportagens que ganhou os principais prêmios de jornalismo do ano. Olhando para Lula 3, foi pelo Estadão que o País soube antes de importantes medidas econômicas de Fernando Haddad em ano de reforma tributária e arcabouço fiscal; descobriu atos do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que resultaram em investigação na Justiça; conheceu a “Dama do Tráfico”, presente em audiências nos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos.
Novas e maiores audiências
Um dos principais focos estratégicos do Estadão à beira dos 150 anos é combinar a defesa do propósito por meio de um jornalismo de alta qualidade com a chegada a novas e maiores audiências. Ampliar o público atual e descobrir novos passa, obrigatoriamente, por uma atuação coordenada entre as áreas de Jornalismo, Estratégias Digitais e Mercado Anunciante.
“O objetivo de uma estratégia digital é oferecer ao leitor e assinante uma experiência de consumo/uso à altura da qualidade do jornalismo e da missão da marca. Os recursos contemporâneos de tecnologia e produto permitem servir o público com cada vez mais conveniência, relevância e impacto. É apenas o começo dessa jornada”, diz Paulo Pessoa, diretor-executivo de Mercado Anunciante.
É em Mercado Anunciante, por meio da Publishing House, que estão produtos como E-Investidor, Paladar, Estadão Recomenda e Jornal do Carro, todos em franco crescimento de audiência. Também serão lançados novos produtos nos próximos meses, em áreas com alta atratividade para público e anunciantes.
A tabelinha entre Publishing House e Jornalismo permitiu ao Estadão fincar o pé na realização de eventos presenciais, com transmissão ao vivo. Ano passado, a entregas já consagradas como o Summit Imobiliário, somaram-se “Reconstrução da Educação”, ”O papel do Supremo nas democracias” e “Quais os rumos da economia do País”, em parceria com a B3 e a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Iniciativas similares estão no radar para 2024, com atenção especial para educação, saúde e economia verde, áreas diretamente ligadas ao propósito e à proposta de valor do jornal. A produção de eventos e conteúdos não se restringirá à equipe do Estadão, mas também à associação com redes já estabelecidas e de atuação reconhecida nessas áreas. Uma forma de fazer do jornal um fórum de discussão de temas importantes com diferentes parceiros da sociedade.
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As áreas de jornalismo e tecnologia também começam o ano finalizando os últimos detalhes dos produtos e da cobertura das eleições municipais, em outubro. Será a primeira disputa nas urnas com uso massivo de IA generativa.
O Estadão se servirá da tecnologia para melhor atender seu público, da mesma forma que estará atento ao uso pelas campanhas, no que pode ser uma nova fronteira de disseminação de desinformação. A cobertura se guiará pela defesa da democracia e das liberdades e o respeito à coisa pública desdobrados em uma agenda que toque diretamente a vida nas cidades.
Uma combinação entre propósito e olhar para frente, refletidos em um jornalismo de excelência, exatamente como o Estadão vem fazendo desde 4 de janeiro de 1875.
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