Prezadas leitoras, caros leitores —
É fundamental que, no próximo dia 30 de outubro, o Brasil vá às urnas e eleja o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um terceiro mandato no Planalto.
O Brasil que foi às urnas ontem elegeu um Congresso mais bolsonarista do que o de 2018. Mais puro-sangue. Se eleito, Jair Bolsonaro terá nas mãos o poder de mexer com facilidade na Constituição. Alterar a estrutura do Supremo, aprovar o impeachment de ministros no Senado — o caminho para um regime autoritário estará aberto.
O bolsonarismo se implantou no Brasil e tem uma força maior do que nossas ferramentas nos permitiam ver. Ele só tem como mostrar seus dentes, porém, se tiver também a presidência. Lula é o favorito. Com menos de três pontos percentuais a mais, se elege. O caminho para Bolsonaro é mais árduo — o presidente precisaria, inclusive, tirar votos que Lula teve no primeiro turno. E nunca, desde que foi implantada a reeleição, o candidato que chegou em segundo virou o jogo na disputa pelo Planalto.
Mas nunca, tampouco, o jogo foi tão apertado.
Não devemos achar que está ganho. Este mês de outubro será tenso, difícil, duro e sem quaisquer distrações. Todo o eleitor preocupado com a democracia deve ter um único objetivo.
Eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um terceiro mandato no Planalto.
Cá no Meio, era para estarmos em festa.
A primeiríssima edição da newsletter circulou na segunda-feira, 3 de outubro de 2016, dia seguinte à eleição municipal. Na manchete, o fracasso do PT no pleito. No texto, indicávamos como figuras que saíam mais fortes das urnas o governador Geraldo Alckmin, que elegeu seu protegido João Doria como prefeito de São Paulo, e, sim, Jair Bolsonaro.
Foi há seis anos.
Desde então, o PSDB implodiu, hoje descobrimos o quanto o bolsonarismo se enraizou e o PT foi escolhido pela sociedade brasileira como o marco de resistência democrática.
Se este é o caminho que o eleitor escolheu, não há outro para democratas. Agora é Lula.
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