sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Empregos em renováveis crescem, mas sem diversidade, Diálogos da Transição

 

O emprego global no setor de energia subiu acima de seus níveis pré-pandemia, liderado pelo aumento das contratações em energia de baixo carbono, mas a participação de mulheres segue abaixo da média econômica geral.
 
Relatório lançado hoje (8/9) pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que o emprego total de energia em 2021 tenha aumentado cerca de 1,3 milhão em relação a 2019, e pode avançar mais 6 pontos percentuais até o final de 2022. 
 
A energia limpa é responsável por praticamente todo esse crescimento, impulsionado por contratações em novos projetos de energia solar e fabricação de veículos elétricos.
 
A análise segue uma tendência verificada em 2019, quando a indústria de baixo carbono ultrapassou a marca de 50% de sua participação no emprego total de 65 milhões de pessoas no setor de energia. 
 
Naquele ano, solar e eólica empregavam 7,8 milhões, equivalente ao fornecimento de petróleo. Já a fabricação de veículos, que emprega 13,6 milhões em todo o mundo, concentrou 10% de sua força de trabalho na fabricação de eletrificados, seus componentes e baterias.
 
No setor de petróleo e gás, a maior parte da projeção de novas vagas vem de projetos em desenvolvimento, com destaque para infraestruturas de gás natural liquefeito (GNL).

O horizonte é promissor… Em todos os cenários da IEA, o emprego em energia deve crescer, superando os declínios nas ocupações com combustíveis fósseis. 
 
No cenário de Emissões Líquidas Zero até 2050, a estimativa é que 14 milhões de vagas sejam criadas na indústria de energia limpa até 2030, enquanto outros 16 milhões de trabalhadores mudarão para novas funções. 
 
Até 2050, o segmento de renováveis pode ser responsável por 43 milhões de empregos — dos 122 milhões de trabalhadores no setor de energia.
 
…apenas para uma parte da população. Na economia em geral, mulheres ainda não conseguiram equidade e representam 39% do emprego global. Na indústria de energia, o cenário é ainda pior: apenas 16% das vagas em setores tradicionais são ocupadas por elas. 
 

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