O empresário Tiago Reis, fundador da Suno, e Felipe Tadewald, um dos especialistas em investimentos da empresa, deverão entregar celulares e computadores nesta segunda (5) por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Ambos são investigados em um caso que envolve a denúncia de manipulação de mercado por parte da gestora de fundos imobiliários Hectare Capital contra a Suno.
A determinação judicial é consequência da ação de produção antecipada de provas movida pela Hectare contra a Suno.
A disputa entre as empresas teve início em fevereiro do ano passado, quando foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios da Suno em São Paulo, Porto Alegre e Goiânia.
A Hectare acusa a Suno de ter feito, em 2022, campanha difamatória para mover cotistas do HCTR11, fundo administrado pela gestora, para o Suno Recebíveis Imobiliários (SNCI11).
À época, a Suno negou e disse que produziu relatórios fundamentados assinados por seus analistas em que apontou problemas na operação da Hectare.
A Hectare também fez uma denúncia à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e uma notícia-crime para instauração de inquérito na Polícia Federal. O caso tramita em sigilo.
No ano passado, documentos da investigação da CVM apontavam evidências de que a Suno agiu para prejudicar a Hectare.
Um desses indícios, segundo a comissão, seria uma troca de mensagens em que Tiago Reis afirma que criticou a Hectare em seus perfis nas redes sociais e a cotação do fundo imobiliário oscilou de forma atípica logo em seguida.
Procurada, a Suno disse que sempre prestou todos os esclarecimentos solicitados pelas autoridades e que tem cooperado com as apurações.
"[A Suno] é a maior interessada em mostrar que seu trabalho de análise independente tem como maior beneficiário o investidor individual porque o ajuda a fazer melhores escolhas e a evitar ofertas de investimento cujos eventuais riscos envolvidos possam não estar claros."
A Hectare não quis comentar o caso.
Com Diego Felix
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