O senador Sergio Moro sabatinou o advogado Cristiano Zanin com elegância. Só derrapou quando lhe perguntou se havia sido padrinho de casamento de Lula. Era notícia falsa e, se o senador tivesse pedido a um assessor que a checasse, evitaria o mau momento.
Quando ele era juiz, divulgou o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno da eleição. Poderia ter perguntado a um estudante de Direito o que achava da ideia.
BOLSONARO X LULA
De um sábio, comparando o governo de Bolsonaro com o de Lula.
Até o dia 1º de janeiro nós passamos pela situação de um sujeito que padeceu de uma doença por quatro anos. Desde então, ficamos como o sujeito depois de curado. Alguns dias são péssimos e outros são tranquilos.
LULA DIPLOMÁTICO
Na sua conversa com o presidente italiano Sergio Mattarella, Lula disse que a proposta do presidente ucraniano Volodimir Zelenski exigindo retirada das tropas russas bloqueia as negociações, pois isso significa uma "humilhação" para o russo Vladimir Putin.
Desde sempre, em diversas conversas com líderes estrangeiros, Lula já expôs sua teoria de que não se pode colocar na mesa condições que humilhem a outra parte.
Parece óbvio, mas negociações diplomáticas que levam anos nascem dessa aparente intransigência.
Na guerra do Vietnã, Hanói e o Vietcong exigiam a saída dos americanos do país. Os Estados Unidos começaram a conversar em 1967 e a negociar em 1968. Depois de seis anos centenas de milhares de mortos (58 mil dos quais americanos), a tropa foi embora.
O então secretário de Estado e hoje centenário Henry Kissinger pedia um "intervalo decente" para a hipótese de o Vietnã do Norte tomar o do Sul. Era conversa fiada, e Saigon (hoje Ho Chi Minh) foi tomada em abril de 1975.
Como não morriam mais americanos, o tema da humilhação tornou-se secundário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário