Turismo, sim. Saúde, não. Essa foi a mensagem do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o que o governo está disposto a negociar para facilitar a articulação política e apoio no Congresso. Segundo Padilha, Lula não pretende fazer escolhas políticas para o Ministério da Saúde. “O presidente Lula, em nenhum momento, desde a montagem do seu governo, desde a escolha dos ministros e ministras, colocou o Ministério da Saúde como cota de qualquer partido”, afirmou. Por outro lado, seguem as negociações com o União Brasil para a troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ). A previsão é de que a substituição seja oficializada quando Lula retornar da viagem à Europa, iniciada ontem. Segundo Julia Duailibi, o anúncio não foi feito ainda porque o presidente espera que a ministra peça demissão, em vez de ser demitida, e quer fazer uma sinalização positiva ao partido e se reunir com as lideranças da legenda.(g1) A próxima batalha no Congresso é o arcabouço fiscal. O relator do projeto no Senado, Omar Aziz (PSD), vai retirar da norma o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que destina recursos a segurança, saúde e educação na capital. Assim, relata Ana Flor, os dois fundos poderão crescer acima do limite da regra fiscal. Se houver alterações no texto, já aprovado pela Câmara, o projeto terá de ser apreciado novamente pelos deputados. E o governo gostaria de encerrar a tramitação já no Senado. (g1) Insustentável. Assim é avaliada a situação do tenente-coronel Mauro Cid no Exército devido às investigações sobre seu envolvimento nos atos que culminaram com a tentativa de golpe em 8 de janeiro. O governo pressiona pela expulsão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Militares reconhecem essa possibilidade, mas só depois de uma condenação e de todas as etapas administrativas do Exército. Em entrevista ao Estúdio i, o presidente do Supremo Tribunal Militar (STM), Joseli Parente Camelo, disse que Cid era o “muro das lamentações” de Bolsonaro e que o documento golpista encontrado no celular dele é grave, mas é preciso aguardar a investigação e o julgamento antes de tirar conclusões. Andréia Sadi conta que a corporação não deve “passar a mão” na cabeça de Cid nem de outros que sem envolveram nos atos golpistas. (g1) Além do celular de Cid, a Polícia Federal analisa os aparelhos de Max Guilherme Machado de Moura, segurança que virou assessor especial do ex-presidente, e do capitão da reserva Sergio Rocha Cordeiro, também assessor especial de Bolsonaro. Os dois estão presos. Assim como os demais telefones, o do senador Marcos do Val (Podemos-ES) preocupa, pois ele pode ter “usado” o nome do ex-presidente em situações que podem atrapalhá-lo mais com o Judiciário, conta Bela Megale. (Globo) O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse ontem que os atos de 8 de janeiro precisam ser esclarecidos, mas não acredita que a liderança do movimento seja identificada. Já o presidente Lula, que fazia sua segunda live semanal, culpou Bolsonaro. “Já está provado que tentaram dar um golpe, coordenado pelo ex-presidente, que agora tenta negar”, disse. (UOL) Bolsonaro já se conformou com a inelegibilidade. E isso tem irritado seus aliados, conta Thaís Oyama. “Como assim sete ministros cassam o direito de 230 milhões de brasileiros escolherem seu candidato”, questionam os aliados do ex-presidente, que esperavam mais dele. Ainda nesta semana, relata Jamil Chade, informe preparado pelo Relator Especial das Nações Unidas para os Direitos de Livre Associação, Clément Nyaletsossi Voule, será debatido no Conselho de Direitos Humanos da ONU, expondo Bolsonaro internacionalmente por ameaçar a democracia brasileira. (UOL) Meio em vídeo. A possível inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro é o tema principal do #MesaDoMeio de hoje. Nesta edição especial, Pedro Doria recebe Malu Gaspar, jornalista, escritora e colunista do Globo, e o cientista político Luiz Augusto Campos, do núcleo de pesquisas sociais da Uerj. Na pauta também entram as indicações de Lula ao STF e, claro, o cenário político brasileiro. Ao vivo, às 19h. Em seguida, na seção exclusiva a assinantes premium, os três continuam o papo de forma mais descontraída e detalhada na nossa sala secreta. Assine já. Aprovação com folga. Essa é a expectativa do governo em relação à validação do nome de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina está marcada para amanhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No mesmo dia, o nome do advogado deve seguir para o plenário do Senado. Ele precisa de 41 votos favoráveis para ser aprovado. O governo espera 55. Ao menos 43, segundo levantamento do Poder360, já teriam decidido chancelar de Zanin. (Poder360) Por via das dúvidas, o governo acelerou a liberação de recursos para parlamentares nas últimas duas semanas. No mês de junho, já foram pagos R$ 2,4 bilhões em emendas. (Globo) A juíza federal Gabriela Hardt deixou a 13ª Vara Federal de Curitiba, que concentra os processos da Lava-Jato. A jurisdição foi assumida ontem por Fábio Nunes de Martino, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, acompanhado do juiz substituto Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara Federal de Cascavel. O titular da 13ª Vara é Eduardo Appio, que está afastado desde 22 de maio, por supostas ameaças a João Barreto Malucelli, filho do juiz federal Marcelo Malucelli. Gabriela assumirá uma nova função na 3ª Turma Recursal do Paraná, atuando com auxiliar da Corregedoria Regional da 4ª Região. (g1) Enquanto isso... Nos EUA, onde desembarcou ontem, o ex-procurador da Lava-Jato e deputado federal cassado Deltan Dallagnol negou que esteja fugindo do país. Segundo Paulo Capelli, ele disse a interlocutores que está nos EUA para dar uma palestra em Michigan e que vai se reunir com lideranças do Partido Republicano, de Donald Trump. O regresso ao Brasil será neste sábado. (Metrópoles) Meio em vídeo. “Monark é um idiota. Mas não é tirando seus direitos como cidadão que a gente vai vencer o bolsonarismo. Eu sei, a ideia é contraintuitiva. Ainda assim, me dê uma oportunidade de defender esse conceito: a democracia tem em si as armas para vencer seus inimigos.” Confira a opinião de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube) |
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