O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, vai receber novos equipamentos de segurança, como câmeras, detectores de explosivo e máquinas de raio-x mais modernas ao longo do próximo ano. As medidas fazem parte do programa Aeroportos+Seguros, anunciado pelo governo federal na última quarta-feira (21).
A primeira etapa de implementação, com investimento de R$ 40 milhões, ocorrerá em Cumbica por se tratar do mais movimentado terminal aéreo do país. O conjunto de ações deve se estender a outros aeroportos internacionais brasileiros no prazo de 18 meses.
Segundo o governo, as medidas serão implementadas de forma escalonada. Nos próximos seis meses, novas câmeras de vigilância serão instaladas nas áreas de check-in e desembarque de passageiros.
Funcionários também passarão a trabalhar sob novo protocolo, que inclui acesso centralizado pelo terminal de cargas, controle biométrico e proibição do uso de celulares e tablets em áreas restritas. Colaboradores terão ainda chaves de acesso individualizadas para a área de bagagens do Terminal 3, de onde partem voos internacionais.
As alterações nos procedimentos foram motivadas, entre outros fatores, pelo episódio envolvendo a prisão de brasileiras na Alemanha por suspeita de tráfico de drogas. Elas tiveram a identificação da mala trocada em área restrita do aeroporto de Guarulhos e foram presas ao chegar em Frankfurt, sob a acusação de transportarem 40 kg de cocaína na bagagem.
Para o governo, o novo protocolo garante melhor supervisão de funcionários pela concessionária, Receita e Polícia Federal. "Nós somos corresponsáveis na segurança das pessoas e nos bens que elas entregam à companhia para que ela possa fazer o seu deslocamento. Toda vez que surge alguma novidade, como aconteceu nesse episódio, a gente tem que ir aprimorando. É dever nosso porque cobramos das pessoas uma taxa para que elas tenham conosco a garantia de que é um serviço público que está sendo feito por uma outra empresa", disse o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, durante a apresentação do programa.
Em até um ano, o acesso biométrico de funcionários em áreas controladas deve ser ampliado a outros terminais. Dentro desse mesmo prazo, equipamentos para verificação de bagagens devem ser adquiridos. Entre eles, oito detectores de explosivos, seis máquinas de raio-x e três scanners corporais.
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, as medidas trarão mais segurança a funcionários e passageiros e coibir crimes como o tráfico internacional de drogas. "Conseguiremos descapitalizar as organizações criminosas. Quando se apreende quilos de cocaína nos aeroportos significa dizer que a transação não se consumou e com isso há uma frustração daquele eixo de comércio. Portanto, há um desestímulo à atuação das mega organizações criminosas no Brasil", disse.
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