Fonte: Agência Estado (Broadcast) - 07.12.2021 |
São Paulo – Ao perceber que as contas de luz estavam cada vez mais caras, a rede de farmácias Raia Drogasil decidiu avançar em três frentes para reduzir o impacto das tarifas de energia em suas receitas: um programa de eficiência energética, compra de energia no mercado livre e adoção da geração distribuída (GD) para as unidades que têm consumo inferior a 500 quilowatts (kW). Somente no último ano, as tarifas de energia do mercado regulado, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, aumentou 22,45%% em média, segundo dados da TR Soluções, o que tem incentivado empresas a buscarem medidas para reduzir o impacto tarifário em suas planilhas de custos. "Conseguimos ter melhor previsibilidade dos custos de energia com a adoção de geração distribuída, o que não acontecia no mercado regulado porque tem bandeira tarifária, custos extras, entre outras coisas", disse o diretor de Engenharia da empresa, Milton Alvim. Uma das principais apostas do grupo para reduzir a conta de luz é a GD, na qual a produção da energia ocorre próxima ao local de consumo, por meio de usinas de pequeno porte, com potência instalada igual a 75 quilowatts (kW), ou de até 5 megawatts (MW), respectivamente. A meta da companhia é chegar a 90% das unidades consumindo energia renovável, e 100% delas utilizando equipamentos energeticamente eficientes. Para isto, a empresa contratou 54 usinas nas fontes solar fotovoltaica, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e a biogás, totalizando uma potência instalada de 44 MW. Destas, 12 já produzem energia para atender a 767 lojas da rede em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. Para o ano que vem, a empresa pretende ampliar a quantidade de lojas atendidas com energia renovável, e a expectativa é que até fevereiro seja possível conectar ao menos 1.000 farmácias, e aumentar para 2.100 unidades abastecidas por GD até dezembro de 2022. Outra frente que a RD adotou para diminuir a conta de luz é um programa de eficiência energética, que consiste na substituição de equipamentos nos sistemas de ar-condicionado das lojas e a substituição de lâmpadas convencionais por iluminações de LED, mais eficientes, entre outras medidas que ajudam a reduzir o consumo das unidades em 17%. Segundo Alvim, atualmente 64,1% das unidades já operam com tecnologia para inverter no sistema de ar-condicionado, ampliando a adoção de equipamentos mais eficientes. "Temos agenda de automação para gerenciar máquinas e sistemas de eletricidade", comentou. Além disso, a empresa está com uma estratégia de migrar os centros de distribuição para o mercado livre de energia, com compra antecipada e custos menores. |
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